Wherever you go, there you are

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Imagina que o Novo Ano é um maravilhoso e gigante navio de cruzeiro que te leva a um destino extraordinário, uma nova vida livre de todos os pesos do passado, a aventura e a liberdade que há muito aguardas.
A tua entrada no navio está garantida, mas há um preço. Há sempre um preço…

Não poderás levar ninguém ou nada tóxico, negativo, denso relacionado contigo e com o teu passado, para dentro do navio.
Terás um breve momento para perceberes o que e quem ficará para trás para que possas entrar leve e livre desses pesos.

Olha então para a tua pessoa, a tua vida, as tuas relações, as tuas escolhas e respectivas emoções. Começa a tua seleção, quem fica e quem vai, como te libertas internamente das tuas emoções mais tóxicas. Que vícios, apegos, crenças, memórias, ideias, rótulos, máscaras, dependências te impedem de embarcar.

É natural que te choques com a ideia de que para teres paz e liberdade, quase tudo e todos teriam de ficar para trás.

As nossas vidas são tão intensas e cansativas que vamos perdendo o espaço/tempo para pensar no que é afinal tão importante para a qualidade da nossa vida; ir libertando o passado e abrindo assim espaço para o novo. Por essa razão tanta gente vive ainda vidas medíocres, agarradas a pessoas e circunstâncias sem qualidade, incapazes de sonhar e deixar ir essas âncoras.

Seria maravilhosa a ideia de que bastaria uma mudança geográfica ou um acto de coragem de largar tudo e sair num cruzeiro que resolveria todos os nossos problemas. Como bem nos lembrou Ralph Waldo Emerson, “Life Is About The Journey, Not The Destination”.

O sábio Universo diz que não libertamos o que não amamos, ou seja, não há nada para fugir, nenhum sítio onde nos poderemos esconder pois como diz a frase; Wherever you go, there you are, com a mesma energia, fazendo atrair o mesmo tipo de pessoas, eventos e circunstâncias iguaizinhas àquelas das quais queríamos fugir.

A nossa realidade está cheia de projeções dos nossos demónios internos e das mais tristes sombras, hologramas do que até hoje nunca aceitámos em nós. Para que as possamos conhecer, aceitar e amar, essas energias far-se-ão representar nas pessoas que iremos identificar como as mais desafiantes da nossa vida.

O medroso, o arrogante, o crítico, o julgador, o narcisista, o inseguro, o autoritário, o sabichão, o irresponsável, o rebelde, o materialista, o infantil, o ausente. Se estas ou outras representações estão na tua vida, considera que algures dentro de ti, existe uma velha sombra, provavelmente de outras encarnações passadas, que é exatamente igual e que ainda não foi reconhecida, aceite e pacificada.

Há um acordo karmico entre a tua alma e a do outro para que através do holograma, tu vejas de ti no outro e o outro dele próprio em ti. Este trabalho de consciência e cura não implica qualquer tipo de relação com o outro que tanto pode estar vivo como já ter partido. É sim e apenas um trabalho de reconhecimento interno em que paramos de batalhar e acusar o holograma e finalmente começamos o trabalho de reconhecimento e transformação da nossa sombra.

Este é o primeiro passo para a liberdade. Podemos até nem estar em cruzeiro nenhum, mas viveremos leves e livres no nosso dia a dia. A realidade à nossa volta passará a ser um filme de auto-superação pessoal em que seremos o herói principal, será uma constelação sistémica real e ao vivo 24h/dia, o palco perfeito onde o nosso teatro se desenrola e onde temos a oportunidade de  nos superarmos e evoluirmos para o novo patamar.

Se queres perceber melhor a tua pessoa, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento presente, desafios e oportunidades, marca a tua consulta enviando email para veraluz@veraluz.pt

Bem hajas
Vera Luz

Imagem de stokpic por Pixabay

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