O que iremos sentir quando um dia nos apercebermos que desperdiçámos toda a uma vida sem amar, sentir, brincar, aprender…?
E se um dia acordamos e percebemos que a nossa vida não foi mais do que um sonho?
Um sonho tal como aqueles que, de vez em quando temos, tão tão intensos que durante alguns segundos temos a certeza absoluta que a realidade onde estivemos era tão ou mais real do que aquela onde estamos.
E caso isso se confirmasse, como nos sentiríamos ao realizarmos que encarnámos para ser a mais elevada representação de nós próprios e sermos uma expressão de amor e acabámos perdidos nos apegos materiais, nas emoções baixas do medo e na resistência ao sentir?
Iríamo-nos aperceber se aproveitámos ou não o que a vida tinha de melhor assim como iríamos tomar consciência de que desperdiçámos momentos e oportunidades de sermos fontes de amor incondicional. Iríamos sentir tristeza de termos dados ouvidos a quem não falava a voz da nossa alma e a ter ignorado quem nos trazia a verdade do nosso imenso valor.
Qual será o nosso propósito futuro quando nos apercebermos que desperdiçámos toda a uma vida sem amar, sentir, brincar, aprender…?
Como nos iremos sentir um dia se percebermos que nascemos e morremos sem perceber porquê?
Acredito que iríamos sentir vontade de voltar, de lembrar a proposta inicial de ir à Terra ser Luz e Amor, antes por nós próprios e depois por todos, e de experienciar a abundância, a alegria, o amor e a ligação permanente à fonte e às Leis Universais.
Acredito que uma vida é um piscar de olhos cósmico, ilusória e longamente estendido pelo espaço e pelo tempo.
Como estás então a aproveitar a tua existência e experiência neste Planeta?
Se hoje, aqui e agora Deus te perguntasse;
-“Quanta Luz e amor próprio já conquistaste em ti até agora para poderes partilhar com outros?”
Qual seria a tua resposta?
Fecha os olhos por um momento e procura de 0 – 10 qual o valor que atribuis internamente ao teu estado de amor próprio?
Para melhor o sentires despe a tua máscara, o teu cargo profissional, o teu diploma, os teus prémios, o teu dinheiro ou seja, tudo o que pese no teu espírito e não seja a tua verdade.
Seja qual for o número, depende apenas de ti elevá-lo…e será sempre um percurso de dentro para fora.
Acredito que um dia, chegaremos ao outro lado da mesma maneira que alguém volta a casa depois de uma imensa, longa e intensa viagem; cheios de aprendizagens, cheios de memórias, cheios de emoções fortes incapazes de serem descritas e mais cedo ou mais tarde, com vontade de voltar.
E na breve análise do que foi essa aventura iremos então facilmente ver o que ela teve de melhor e o que ela teve de pior. O que foi uma bênção e o que foi uma tortura.
Cabe-nos a nós depois da análise, escolher o lado a valorizar mais e a ajustar as lentes para o que nos faz mais sentido.
Escolhe então viver a tua vida com o espírito do viajante que sabe que embora precise ir contanto com ajudas pontuais externas atraídas das mais variadas maneiras, jamais poderá interrompê-la para passar a depender de alguém ou para agradar seja quem for.
Que um dia a lembrança das memórias desta maravilhosa viagem te ponha um sorriso na cara tanto pelas provas superadas como pelas alegrias vividas..
Bon Voyage!
Vera Luz
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