A ideia de que somos criadores da nossa realidade é maravilhosa.
O nosso livre arbítrio é o que coloca a energia em movimento e de cada plantação/criação iremos colher os nossos frutos para que possamos cumprir o nosso propósito e fazer as nossas aprendizagens. Das plantações do medo iremos colher sofrimento, das plantações de amor iremos colher abundância.
Depois de anos ou mesmo vidas a vermo-nos como seres impotentes e vítimas das circunstâncias, iludidos com a sorte, o acaso e azar, inconscientes de que a nossa realidade é co-criada por nós, lembrarmos que podemos escolher a nossa favor, desperta um nós um antigo poder há muito abafado.
À conta de crenças limitadoras, filosofias castradoras, medos e muita ignorância no que toca ao funcionamento do Universo, este poder acabou por ser desperdiçado em formatos de vida onde abafámos a nossa essência, desresponsabilizámo-nos de nós próprios e tornámo-nos submissos à vontade externa, tanto social como religiosa.
E porque a lei do karma age, estejamos conscientes ou inconscientes da nossa escolha, acabámos por, sem perceber, sermos co-criadores do nosso próprio sofrimento.
Aos poucos vamos reaprendendo a viver de dentro para fora e não mais de fora para dentro, o que levará o seu tempo obviamente. Se o velho ensinamento nos levava a amar alguém fora de nós e a cumprir normas de conduta social, o novo ensinamento pede-nos que amemos quem somos e que sejamos livres de seguir o nosso caminho pessoal e fazer escolhas que mantêm o nosso equilíbrio interior.
A nossa realidade pessoal, a qualidade das pessoas e circunstâncias que a definem, é então onde podemos observar se as escolhas passadas tiveram qualidade ou não. É onde podemos perceber o que criámos com medo e o que já conseguimos criar com amor.
As mudanças que fizermos hoje, irão algures, num futuro próximo trazer também as suas consequências que estão dependentes da qualidade, do amor e verdade das mudanças de hoje. Olhemos então a realidade actual com carinho, com tolerância e com a consciência de que está na nossa mão, mudarmos o que queremos.
Bem Hajam!
Vera Luz
Imagem de Phillip Black por Pixabay