A educação ocidental não contempla ainda, de um modo sério, a reencarnação e a evolução espiritual. Ao contrário do Oriente que, das mais variadas maneiras, cultiva o desenvolvimento do espírito, aqui no Ocidente é-nos ensinado que chegamos aqui pela barriga da mãe e saímos por uma caixa de madeira.
Há uma exagerada ligação ao corpo físico em detrimento do que realmente lhe dá vida; O Espírito.
O conceito de nascimento biológico, o crescimento físico, o desenvolvimento intelectual e a vida social passam a ser os nossos principais focos e onde investimos a maior parte da nossa energia, deixando para trás o que afinal o que ‘anima’ a nossa existência; o nosso Espírito, a viagem de maturidade emocional e o cumprir da nossa missão espiritual.
Se não soubermos que existem de facto duas propostas a harmonizar e damos apenas atenção a uma delas, mais cedo ou mais tarde a crise instala-se e surge a proposta de transformação e o convite ao realinhamento.
A falta de energia, o desânimo, a depressão, a ansiedade, o sentimento de desorientação e falta de propósito são sinais e consequências deste desalinhamento.
O processo de cura ou de equilíbrio, na maior parte das vezes, tem início nesta consciência. Ou seja, que não são as circunstâncias exteriores as responsáveis pelo nosso estado mas sim o nosso próprio estado interno de desalinhamento que as está a criar.
É-nos então proposto fazer os respectivos ajustes começando por identificar onde investimos demais e nos perdemos, mas também onde não investimos nada e onde secámos.
Só a partir daqui nos podemos sintonizar com a intenção original da nossa existência e a proposta da vida presente. Só conscientes desta dualidade nos podemos realinhar com a nossa história espiritual pessoal e conciliar a proposta da alma com os desafios da personalidade.
Tens consciência de onde, com quem e como investes a tua energia?
Bem hajam!
Vera Luz
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