Causas invisíveis dos dramas relacionais

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Praticamente todo o ser humano sonha com a relação perfeita. Aquela pessoa que vem ser porto de abrigo, colo, proteção, amor incondicional e partilha. Infelizmente gastamos muita energia atrás desse ideal que nem sempre é fácil de atingir. Não porque não merecemos mas porque estamos a fazê-lo de forma errada. Tal como um escola, a vida tem um plano próprio, aprendizagens que teremos que fazer para cumprir a intenção de evolução do nosso mapa que quando não são cumpridas, teremos que lidar com as suas consequências.
Vamos ver três das mais comuns;

CARÊNCIA
Levamos para as relações uma imaturidade emocional que não soube nada sobre responsabilidade pessoal, uma carência nunca reconhecida, um trabalho de amor próprio nunca assumido, um vazio profundo que acredita só ser preenchido por algo ou alguém, falta de estruturas emocional, intelectual, financeira, espiritual que nunca foram construídas e por consequência, um equilíbrio nunca atingido. Inconscientemente, entramos nas relações como crianças, esperando do outro o amor, o respeito, a proteção e a segurança que não resgatámos ainda em nós próprios.

ILUSÃO
Queremos ver no outro o salvador que ele não é, iludimo-nos com a expectativa de que o outro traga a solução do nosso problema, a cura da nossa dor, a resposta ao nosso desconforto, o preenchimento do nosso vazio, incapazes de reconhecer tanto a nossa ilusão quanto a do outro que tem um dilema idênticoao nosso e não só não conseguirá dar-nos o que não tem como esperará e cobrará de nós o que também não temos para dar.

APEGO
Ficamos presos ao outro porque nunca aprendemos a caminhar sozinhos, mesmo depois de descobrirmos que nada funciona, que esperar do outro doi uma enorme ilusão, apegamos-nos por medo da autonomia, a responsabilidade pessoal, aprisionamo-nos ao outro porque é mais fácil ter alguém para culpar pelas nossas dores do que assumi-las e fazer as mudanças que implicam curá-las.

As consequências deste jogo inconsciente de carências, ilusões, apegos, ancorados em uma profunda imaturidade a todos os níveis e expectativas irrealistas de ambas as partes são óbvias;

– A carência jamais encontrará preenchimento de qualidade enquanto buscar fora.
– A ilusão irá gerar infinitas desilusões para que desista de buscar fora.
– O apego irá originar perdas e frustrações que irão ensinar a não buscar fora.


E quando desistimos de buscar fora, rendemo-nos à ideia de ir para dentro, espaço sagrado onde iremos finalmente sarar as três grandes feridas relacionais.

A Carência será finalmente preenchida com a consciência de que já somos inteiros, divinos e carregamos em nós a responsabilidade e o potencial de viver uma vida consciente e iluminada.

A Ilusão deixará de fazer sentido pois já não há necessidade de idealizar ninguém, de salvar ou ser salvo, mas sim ser capaz de ver a realidade ou a polaridade tal como ela se apresenta e ir gerindo o próprio equilíbrio.

O Apego ou expectativa de preenchimento do outro será liberto pois aprenderemos a ser auto suficientes, a não depender de ninguém, a nutrir a nossa própria Criança Interior e a ter a liberdade de escolhermos com quem queremos estar com alguém.

Depois de feito o trabalho de casa, depois de relembrarmos quem somos e de estarmos bem connosco e com a vida, depois de aprendermos a ver o outro tal como é sem expectativas ou carências, depois de aprendermos a ser livres e fiéis a nós próprios, agora sim, estamos preparados para partilhar a nossa luz, a nossa diferença e o amor que já temos com alguém.

Se queres perceber melhor as tuas relações, a tua pessoa, os teus desafios passados e oportunidades presentes, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento actual, envia email para veraluz@veraluz.pt ou ou encaminha para alguém que precise de ajuda.

Mais informações consulta https://linktr.ee/veraluz_

Bem hajas e até já!

Vera Luz

Image by Pexels from Pixabay

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