Um dos trabalhos mais desafiantes e importantes da terapia é ajudar a pessoa a encontrar a aprendizagem em cada evento. A jóia no meio da lama. Encontrar o enquadramento positivo que permita ajudar a perceber que sem aquele desafio, não teríamos crescido, não teríamos evoluído, não sairíamos da zona de conforto rumo a novas aventuras.
A Astrologia e a Numerologia mostram bem que não só os eventos e desafios já estão assinalados no nosso mapa natal muito antes de acontecerem, como foram preparados por nós, antes da nossa encarnação, como perfeitos para que pudéssemos cumprir o nosso propósito. Ou seja, quem quer ou o que quer nos desafie, faz parte do plano e está apenas a cumprir a sua parte do acordo.
Levamos algum tempo em consulta primeiro a assumir a responsabilidade pelo que afinal andamos a atrair e aprender a olhar esses desafios como propostas pessoais pois a tendência é a projeção do mal no outro, a desresponsabilização pessoal que acaba sempre em vitimização.
Depois de tantos anos de terapia a acompanhar pessoas, atrevo-me mesmo a dizer que a vitimização e a ignorância da projeção do mal nos outro, são as grandes doenças do Ocidente.
Do ponto de vista da espiritualidade e das leis universais, a vitimização e a culpa NÃO EXISTEM. A cura ou superação de energias densas só é possível quando ganhamos responsabilidade pela nossa existência, pelo estado da nossa energia, por tudo o que ela cria e já criou e que está representado em tudo e todos que atraímos. Não teremos poder pessoal enquanto estivermos a dar corda ao “coitadinho” interno, a vermo-nos como vítimas pois assim não acederemos ao Herói em nós.
Aprendamos então a olhar para os eventos com um olho inteligente de quem sabe ser resiliente e é capaz de se transformar a cada momento:
– É na rejeição que voltamos ao nosso centro de onde nos desconectámos.
– É na solidão que aprendemos a ser a nossa melhor companhia e a descobrir o que temos de melhor para dar ao mundo.
– É no abandono que descobrimos que somos mais fortes e capazes do que alguma vez imaginámos.
– É na perda que corrigimos apegos e dependências que nos impedem de cumprir a nossa história.
– É na revolta que acionamos a nossa forte e aprendemos a lutar pelo que merecemos.
– É no medo que aprendemos que não controlamos tudo mas controlamos a nossa ação, a nossa resposta ao próprio medo.
– É na sensação de “injustiça” que podemos perceber o que provavelmente um dia já lançámos à vida e que agora retorna.
Estes a tantos outros exemplos ajudam a mostrar a uma mente caótica que ignorantemente julga os eventos e pessoas como bons e maus, como se reconectar com a Ordem Maior onde TUDO tem uma razão de ser.
Estamos rodeados de magia que, embora infelizmente ninguém nos tenha ensinado a ver, está lá à espera que tu te reconectes com ela e a aproveites para viver o teu maior potencial.
Bem Hajam!
Vera Luz
Imagem de Foundry Co por Pixabay