- Porque a vida parece mais leve para uns do que para outros?
- Porque certas pessoas sofrem coisas imagináveis para outras?
- Porque há tanta gente má no mundo?
- Porque pessoas boas, passam por sofrimento enquanto que os maus parecem passar impunes?
A resposta para todas as questões é; A Lei do Karma.
Não o Karma como termo com conotação negativa de castigo, azar ou injustiça, mas sim Karma como Lei da Vida, como dívida karmica, como consequência de acções passadas, como consciência das leis da vida e da inteligência Divina, como responsabilidade pessoal e capacidade de transformação e cura, como oportunidade de libertação de velhos padrões e ascensão a patamares superiores de experiência.
De acordo com a Lei do Karma, também chamada a Lei do Retorno, também chamada a Roda do Karma, também chamada a justiça divina, toda a ação gera reação de igual qualidade e intensidade. A Lei é neutra, não premeia, não castiga, não julga se são escolhas boas ou más, ela simplesmente devolve na mesma moeda. O nosso poder reside apenas em escolher o que queremos plantar e logo o fruto aparecerá.
Ou seja, sejam escolhas positivas ou negativas, plantemos batatas ou morangos, paz ou tempestades, tudo o que vai, volta, tal como um boomerang retorna intacto ao lançador.
Por estarmos condicionados pela realidade tridimensional do tempo e do espaço, esses retornos são certos, mas não são imediatos nem óbvios, principalmente para quem não sabe ler sinais ou conhece a Lei do Karma.
No entanto, o que colocamos em movimento volta sempre, embora como já vimos, condicionado pela diversidade de circunstâncias, distorcido no espaço e atrasado no tempo. Ou seja, o Universo irá decidir quais as melhores circunstâncias, pessoas, tempo e local para o boomerang retornar.
Por exemplo: Hoje no trabalho, eu dei com muito carinho uma maçã a alguém, algures num tempo futuro, noutro espaço e circunstâncias, serei alvo da generosidade e carinho de alguém que me dará algo igual ou equivalente a uma maçã.
O mesmo funciona com energias mais pesadas, por exemplo: eu hoje perdi o controle e gritei e bati em alguém. Algures, num outro tempo e espaço, serei alvo da violência verbal e física de alguém.
Não interessa se somos maus e demos a maçã com má intenção ou se somos bons e apenas perdemos o controle quando batemos em alguém. mais cedo ou mais tarde, iremos ter a oportunidade de sentir o que o outro sentiu.
Esta Lei nada tem a ver com castigo mas sim e mais com auto-conhecimento, com responsabilidade, com o respeito pelo princípio de causa-efeito. É um princípio cósmico que faça ou não sentido, gostemos dele ou não, acreditemos nele ou não, ele funciona sempre, 24h por dia a vida inteira, acompanhando-nos inclusive, de vida para vida.
Ou seja, a nossa vida e tudo o que a ela chega, logo desde o nascimento, na forma de pessoas, eventos e circunstâncias, paixões e aversões, prazeres e frustrações, desde a presença/ausência e vibração dos pais, familiares, colegas de escola, professores, relacionamentos, profissão, filhos, etc, tudo está ligado ao nosso Karma pessoal.
A nossa vida é o palco preparado antes do nascimento para que as aprendizagens da vida presente possam acontecer com as pessoas certas, no tempo certo, da forma certa. à nossa volta estará sempre a oportunidade de repetir os velhos padrões e repetir o Karma, ou de reconhecê-lo e alterá-lo.
Por isso a consciência do nosso Karma, o papel dos nossos pais e das pessoas que fazem parte da nossa história, é essencial à libertação do Karma. não nos livramos dele apenas com limpezas e rituais mas sim com transformação dos velhos padrões em novos.
Tudo e todos os que aparecem ou entram na nossa vida, estão dentro da nossa roda, fazem parte da nossa história Karmica, com quem temos ligações e acordos espirituais e que aparecem como consequência de acções passadas que só agora encontram a oportunidade, o tempo, o espaço e as circunstâncias certas para serem reconhecidos, processadas e aceites.
O que quer dizer reconhecidos, processadas e aceites?
Quer dizer que, através do outro, teremos a oportunidade de ver o que em nós está inconsciente, as velhas escolhas e sementes que já não lembramos. Que através do outro, somos convidados a rever e pagar o preço das velhas escolhas. Que teremos a oportunidade de aceitar a proposta de transformação e cura encontrando novas escolhas, plantando novas sementes.
Por exemplo, se na vida passada fomos ladrões, a roda do Karma irá devolver aquele passado à nossa vida presente, tornando-nos vítimas de roubo. Com que intenção?
Primeiro para pagar o preço da velha escolha. Segundo, para fechar o ciclo da roda Karmica, terceiro, para aproveitar a oportunidade de manter o velho padrão ou alterá-lo e criar um novo mais leve e mais saudável.
Como podemos perceber, a régua de possibilidades de “boas e más” escolhas e acções disponíveis ao ser humano é infinita. Aliás, basta olharmos para o mundo ou para as notícias e percebemos bem a roda do karma observando estes dois movimentos; o que cada pessoa está a plantar / o que cada pessoa está a colher.
Em cada escolha que fazemos, estamos a abrir precedentes, saibamos ou não, estamos a predefinir eventos futuros dos quais não poderemos fugir ou evitar pois a Lei, tal como o boomerang, volta sempre à fonte.
A Lei do Karma não tem a ver com intenções, forma comum com que o nosso ego insiste em desculpar as suas acções. Há pessoas a fazer más escolhas com a melhor das intenções e pessoas que acreditam estar a fazer boas escolhas sem consciência da má intenção.
Então, nas escolhas de hoje e em tudo o que envolve uma escolha (o plano mental, emocional, físico e espiritual), prevemos o futuro. No que colhemos hoje, percebemos o passado.
O peso da roda do karma acontece precisamente quando não conhecemos a lei e nos aprisionamos à repetição de velhos padrões, coisa muito fácil de acontecer quando vivemos ignorantes da força e presença dessas Leis e rejeitamos a ideia de que a dor que recebemos fomos nós próprios que a criámos.
Mais um exemplo: em vidas passadas fomos violentos. Na vida presente a Lei do Karma irá condicionar-nos a nascer numa família onde a violência está presente para que possamos reconhecer o velho padrão que iniciamos no passado, processar os efeitos dessas escolhas e aceitar a responsabilidade pessoal sobre esse Karma; repetimos ou mudamos?
Temos então sempre duas hipóteses perante essa família:
– ou fazemos o trabalho de consciência que a lei do Karma exige, de cura e transformação do velho padrão de violência pessoal que vemos espelhado nos familiares e aprendemos a responder numa energia mais leve e amorosa capaz de nos libertar do velho padrão.
– ou mantemos a inconsciência do padrão pessoal, projetamos a culpa no outro, procuramos fugir e evitar violência a qualquer custo, não fazemos trabalho de cura e transformação, ficamos presos na roda do Karma, atraindo novas pessoas e circunstâncias pela vida fora que irão repetir o velho padrão.
Voltando às perguntas iniciais; porque a vida pesa mais a uns do que a outros?
Não porque uns merecem e outros não.
Não porque uns têm sorte e outros azar.
Não porque para uns há justiça e para outros não.
Mas sim porque uns conseguem reconhecer, transmutar e libertar o seu Karma e outros recusam-se a reconhecer as Leis da Vida, recusam-se a ver que estão presos a uma roda de sofrimento que eles próprios criaram, continuam a projetar culpa em tudo e em todos, a verem-se vítimas da vida, incapazes de se libertar da sua prisão pessoal.
Esta ignorância em que vivemos sobre as leis da vida é a grande responsável pelas prisões Karmicas que vejo na vida das pessoas que por mim passam. Foi a responsável pelo meu próprio sofrimento nos primeiros anos da minha vida e por isso hoje sei, que só através da humildade, do conhecimento e da consciência do nosso karma pessoal, estamos habilitados a reconhecê-lo e a libertá-lo.
Por isso se sentes que a vida te pesa, seja qual for o teu peso, lembra-te que não és vítima de azares, nem de nada nem de ninguém. Que a palavra injustiça não existe na máquina cósmica inteligente. Que todo o peso que carregas é apenas o teu pois a justiça divina não permitiria que carregássemos o que não é nosso. Descobre sim como esse peso foi gerado no passado e como te propuseste aliviá-lo nesta vida.
Se queres perceber melhor as tuas relações, a tua pessoa, os teus desafios passados e oportunidades presentes, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento actual, envia email para veraluz@veraluz.pt ou ou encaminha para alguém que precise de ajuda.
Mais informações consulta https://linktr.ee/veraluz_
Bem hajas e até já!

