A relação romântica idealizada, iludida e inspirada em ideais Disney acredita na fusão com o outro, em caras metade e em almas gémeas que vêm completar o que nos falta. A nossa gigante carência faz-nos ir em busca do Tu-dás-a-mim-e-eu-dou-a-ti e logo o primeiro que falhar, pelas mais variadas razões, irá por tudo em causa. É uma questão de tempo..
Na sua fase mais positiva estas relações fazem-nos sentir em casa e que encontrámos a nossa metade. No seu pior é onde nos fragilizamos e cedemos o nosso poder ao outro permitindo assim o desagaste da nossa energia ou até a violência.
A relação da Nova Era preza o amor e a liberdade de cada um estar com o outro ou não. É uma relação antes de mais connosco próprios que algures escolhemos partilhar com alguém com quem sentimos afinidade, conforto e respeito.
O oxigénio existente entre os dois é o que mantém a consciência individual e a responsabilidade de cada um pela sua célula e por ambos investirem na relação que querem construir. Fieis aos princípios da liberdade, do crescimento e do amor, tanto próprio como ao outro, cada um irá ficar na relação apenas enquanto estes valores existirem. Quando a estabilidade e a regeneração da célula individual for posta em causa, cada um terá que ir em busca do seu reequilíbrio, seja dentro ou fora da relação.
Este tipo de frase foi o que nos colocou em problemas e por isso precisa de actualização:
“Eu cuido de mim para te dar o meu melhor, tu cuidas de ti para me dares o teu melhor e assim crescemos responsáveis e livres.”
Vera Luz