Cada vez mais observo como toda a humanidade sofre de uma deprimente amnésia espiritual.
Tal como ratinhos de laboratório que vivem por vezes toda uma existência sem noção da existência da relva, flores, ou de trepar uma árvore, nascem e morrem sem conhecerem o melhor da vida. Sobrevivem mas não vivem.
Assim somos tantos de nós que condicionados, nem sempre por gaiolas físicas mas frequentemente por gaiolas psíquicas, emocionais, filosóficas, sociais, e outras, nos adaptamos na maior parte em estado permanente de sobrevivência sem qualquer sensor crítico, a uma vida sem liberdade e sem qualidade.
Somos então seres duais a viver em permanente litígio interno entre um ego voltado para o mundo exterior em busca do seu alimento, seja ele poder, dinheiro, uma imagem perfeita, razão, estatuto ou bens materiais e uma alma que apenas regista o mundo interior, tentando cumprir o seu propósito de elevação de frequência e de equilíbrio energético.
Num mundo perfeito o ego usaria mundo material como ‘playground’ para ajudar a alma a cumprir o seu propósito interior.
No mundo presente o mundo material está a servir para alimentar o ego. A negação completa, ou pior ainda, a ignorância de que somos mais do que uma personalidade com nome e morada, fez-nos abandonar o nosso mundo interior, desconectou-nos do nosso propósito e fonte de energia e por isso a maioria vive desorientada, sem energia e sem rumo. Para sobreviver neste estado decadente e miserável recorremos a fontes alternativas de energia como o dinheiro e as suas infinitas tralhas, a comida, o álcool e as drogas ou os apegos às energias dos outros nas suas mais variadas formas, já para não falar nas drogas que nos bloqueiam o sentir.
Quais são os sinais de alarme?
– Não há alegria dentro de nós, temos medo da verdade, não somos transparentes, vivemos sem amor próprio, escondemos as emoções, vibramos predominantemente pelo medo. Medo de falhar, medo de perder, medo da rejeição, medo da solidão, medo da morte, etc.. Deixámos de confiar no Universo inteligente e acomodamo-nos a situações tóxicas em vez de mudá-las.
Como reverter/corrigir o que tantos já perceberam que não querem mais alimentar?
Como começar a criar o Mundo Novo que tanto ansiamos?
Simples.
Vivermos ancorados na consciência de que somos um espirito numa viagem de evolução que irá, com a sua frequência própria, fazer atrair não o que queremos, mas sim o que precisamos. A partir desta visão sagrada da vida percebemos que tudo e todos são expressão do Divino que nos convidam à expressão da nossa essência e do amor incondicional. Cultivando a alegria e a gratidão a cada momento, sermos fieis à verdade, mostrando transparentemente quem na verdade somos, investindo no nosso amor próprio, expressando as nossas emoções, mudando as nossas crenças que nos impedem de confiar nas mais antigas sabedorias do mundo que desde sempre nos ensinaram sobre reencarnação e evolução espiritual, reaprender a confiar que a abundância que ansiamos vem até nós quando vivemos em estado de equilíbrio interno.
Ou seja;
-Primeiro parar de alimentar os padrões velhos do que JÁ NÃO queremos nas nossas vidas.
-Segundo, começando a SER e FAZER o que acreditamos podemos ser e tanto esperamos que os outros sejam e façam. Afinal o detentor da sabedoria é sempre mais responsável do que o ignorante…
Por isso ficam as perguntas;
– Como é a mais baixa e triste versão de mesm@? Com que vícios ainda alimentas essas velhas e baixas energias?
– Como é o teu Avatar? Como é a mais elevada versão de ti mesm@?
Considera as duas respostas diferentes para as várias áreas de vida:
– Fisico – Quem foste até agora e quem gostavas de ser?
Estás confortável com a tua alimentação e exercício fisico?
– Mental – Quem foste até agora e quem gostavas de ser?
Com que tipo de informação, leitura, TV, conversas alimentas a tua mente?
Emocional – Quem foste até agora e quem gostavas de ser?
Qual foi a ultima vez que paraste, fechaste os olhos e te permitiste sentir? O que sentes quando te perguntas “Sinto-me feliz?”
Espiritual – Quem foste até agora e quem gostavas de ser?
Qual foi a última vez que te ofereceste uma terapia/consulta de bem estar e desenvolvimento pessoal? Já tens noção do que andas cá a fazer? Meditas regularmente? Como andas de leituras? Já experimentaste terapia corporal para sentires o espirito?
Faz listas, vive atent@, ouve a tua vozinha interior, planeia, compromete-te e confia que TODO o esforço está a ser registado e será retornado..
Ao contrário de muitos ratinhos de laboratório, nós temos e sempre tivemos o poder de nos libertarmos. Triste mesmo é nem sequer percebermos que forma têm a nossa liberdade, o que é afinal ser livre, quem sou eu liberto da máscara que mantenho até hoje?.
Para isso temos que primeiro identificar o tipo de gaiola em que estamos a viver e depois seguir os sinais da vida que sempre lá estiveram disfarçados para nos libertarmos dela.
Bem Hajam
Vera Luz