Segue cegamente tudo o que os pais fazem, ensinam e esperam de ti. Não te atrevas a questionar, a criticar, a pensar pela tua própria cabeça e a seguir o teu coração.
Se eles não foram os pais ideais ou não estiveram presentes, tens pela vida fora uma razão para justificar todos os teus problemas. Não te atrevas a recusar ficar pres@ à dor, a agradecer-lhes a vida e ires em busca do teu caminho e da tua felicidade.
Para seres aceite na família, repete tradições, estilos de vida, padrões, hábitos, formas de pensar, cala-te, esconde o teu desconforto e finge que és feliz. Não te atrevas a criar litígios, a arriscar o julgamento e ir em busca do que é diferente e ressoa com o teu coração e a tua verdade.
Apega-te ao amor deles ou, na ausência de amor, à dor que eles provocaram. Não te atrevas a ser autónomo, a descobrir a tua cura e o teu amor próprio.
Não digas o que pensas, o que sentes e muito menos o que acreditas pois arriscas-te a perder o amor e o respeito das pessoas. Não te atrevas a ser livre, a dar a tua opinião ou a dizeres o que pensas.
Se alguém gritar contigo, te ofender ou julgar, não respondas nem devolvas. não te atrevas a fazer-lhe frente, a colocar limites e até a levantar a voz se for necessário para te defenderes a ti mesm@.
Ouve o que te dizem, imita quem te rodeia e deixa que os outros te orientem nas tuas escolhas de vida. Não te atrevas a seguir a tua intuição, as tuas ideias e sonhos pessoais e a reclamar a autoridade sobre a tua vida.
Procura alguém para casar que te respeite, que te ame e que te apoie nos momentos difíceis. Não te atrevas a ganhar autonomia, amor próprio, independência e coragem de caminhar sozinh@.
Arranja um emprego que pague as tuas contas, de preferência estável e seguro. Não te atrevas a procurar um trabalho preenchedor que respeite financeiramente os teus dons e talentos e que contribua não só para a tua realização pessoal como para a criação de um mundo melhor.
Vive em função dos filhos, acredita que eles são a grande razão de viver e investe toda a tua energia nas vidas deles, nos sonhos deles, no que eles querem, no que precisam e desejam. Não te atrevas criar espaço, a fazer o desapego a eles e a dar atenção à tua Criança Interior, aos teus sonhos e necessidades pessoais.
Procura alguém que te suporte financeiramente e que cuide das tuas responsabilidades pois a vida será bastante mais confortável. Não te atrevas a ser livre e a assumir responsabilidade financeira sobre a tua vida.
Sempre que tiveres uma dor, um desconforto, um problema, um litígio, culpa sempre algo ou alguém e se for preciso foge, resiste à voz da razão, usa mentira, manipulação, violência, resistência ou silêncio para te manteres no lugar da vítima. Não te atrevas a assumir responsabilidade sobre os eventos da tua vida e ser livre de os curar ou mudar de rumo.
Se perderes alguém que te é muito importante, seja morte, doença, traição, rejeição ou abandono, procura não dar importância aquela dor e vai a correr buscar outra pessoa que ocupe o vazio. Não te atrevas a ficar sozinh@, a processar o luto da perda, a aprender a estar sozinh@ e a descobrir partes de ti que não conhecias.
Sempre que te sentires sozinh@, triste, desamparad@, tens sempre à mão um bolinho, um cigarro, uma bebida que, qualquer uma delas imediatamente te irão sossegar o desconforto e fazer-te sentir bem. Não te atrevas a curar esse desconforto, a substituir esses vícios por tarefas e experiências prazerosas e a viver uma vida preenchedora sem necessidade de vícios.
Nunca te afastes muito da tua zona de conforto que é estável, previsível e segura. Não te atrevas a viajar, a ler, a fazer mudanças positivas, a ter espírito de aventura, a desbravar território novo mental, emocional, espiritual e até geográfico onde podes ser mais livre, feliz e fiel a ti mesm@.
Vê muita televisão, novela e futebol para te distraíres, mas principalmente vê sempre as notícias para estares informad@ sobre o que se passa no mundo em que vives. Não te atrevas a questionar a realidade, a tua visão das coisas, a fazer as tuas próprias pesquisas, a estar abert@ para outras opiniões.
Não leias livros, não vás a cursos com pessoas estranhas que podem mexer com a tua cabeça e desequilibrar-te . Não te atrevas a revolucionar tudo o que te foi ensinado, tudo o que te fizeram acreditar como certo e a descobrires a tua própria verdade pessoal.
Concorda sempre com o que o que outro diz ou com o que a maioria pensa para não sofreres de rejeição e ridicularização. Não te atrevas a ter opinião divergente, a discordar da maioria e a manteres-te firme nas tuas crenças e valores.
Faz-te sempre de forte, esconde as lágrimas, põe um sorriso e segue em frente, finge que está tudo bem, nunca mostres fragilidade. Não te atrevas a ir a um terapeuta, a reconhecer os teus desconfortos, a honrares as tuas dores e a permitires-te respeitar a tua sensibilidade, aprendendo a colocar limites ao que e a quem te ofende.
Quando estiveres doente, segue cegamente a opinião do médico, toma tudo o que ele te prescreve, confia que ele estudou e sabe mais e só te quer bem. Não te atrevas a fazer pesquisa, a questionar os interesses financeiros do negócio médico, a duvidar de medicações e efeitos secundários ou a procurar alternativas naturais e principalmente, a assumires a tua parte de responsabilidade pessoal sobre a tua própria cura.
Se o teu problema for depressão, ansiedade, stress, vai à psiquiatria que logo te darão um bom remédio para voltares ao normal. Não te atrevas a acreditar que não precisas de remédios e a perguntar porque te sentes mal, de onde vem o mal estar, onde me perdi de mim mesm@, que mudanças preciso fazer para me voltar a sentir bem, que sonhos preciso honrar.
Há muitas formas de te sentires bem para além dos vícios normais, como por exemplo ir ao shopping, ir a encontros regulares de família, teres paciência para pessoas tóxicas, ajudares pessoas aleatoriamente, fazeres sacrifícios por quem amas. Não te atrevas a ir fora da caixa, e dizeres “Não” ao que não te faz sentido, a delegares no outro as suas próprias responsabilidades, a escolheres o que te faz bem e te dá prazer, a afastares-te de pessoas que em nada contribuem para o teu bem estar.
É importante na vida e para a paz de todos que obedeças, que tenhas paciência, que sejas tolerante, que procures agradar, que não levantes ondas, que não tragas conflito para que todos estejam bem. Não te atrevas a ser livre das opiniões dos outros, a mostrar a tua discordância, a defender as tuas necessidades, a criar ondas e a pôr limites quando é necessário.
Para ser feliz basta ter família, emprego, segurança e conforto materiais. Não te atrevas a falar de emoções negativas, de felicidade, de terapia, de curar traumas e memórias, de ouvir a intuição, de seguir a própria verdade, de estudar o mapa astrológico e cumprir o próprio propósito evolutivo.
É muito importante o papel moral da Religião na sociedade para nos orientar na vida. Não te atrevas a falar em mundo do oculto, esoterismo, magia, teosofia, alquimia, misticismo, cura espiritual, Eu superior, Deus interno, filosofia oriental, livre arbítrio, desenvolvimento pessoal, evolução espiritual, Karma, Dharma, vidas passadas ou sequer de Astrologia.
Por fim, não roubes, não mates, não peques, sê uma pessoa correta e honesta, desenvolve a perfeição em todos os papéis que representas, procura a aprovação e o reconhecimento do outro e serás feliz e terás o paraíso. Não te atrevas a honrar a tua diferença, em amares as tuas qualidades e defeitos, em mostrar ao mundo os teus dons e talentos, em seres livre da opinião dos outros porque aprendeste sobre quem és, a valorizar e amar-te a ti mesm@.
Se queres conhecer a tua história Karmica, a tua missão, os teus padrões nesta vida, envia email para veraluz@veraluz.pt ou liga 967988990 para marcares a tua consulta. Agradeço as tuas partilhas que ajudam a fazer crescer o meu trabalho.
Vera Luz
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