Tens consciência da tua história de evolução pessoal?

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A nossa realidade é como uma bola de espelhos; cada pessoa que nela entra, espelha algo em nós. Ou seja, os outros devolvem-nos partes de nós, que por viverem inconscientes em nós, precisam ser trazidas à luz.
A nossa verdadeira energia é muito mais profunda e complexa do que possamos imaginar e nada tem a ver com a pseudo auto-imagem perfeccionista que cada um de nós gosta de alimentar de si mesmo.
Para acedermos à dualidade que DE FACTO somos ou carregamos em nós, representada na imensa bagagem inconsciente que trazemos de vidas passadas, temos que nos disponibilizar para aceitar o que temos de positivo mas principalmente o que carregamos de negativo e que precisa evolução.

Temos uma frequência própria, única, resultado precisamente desse passado e por isso iremos atrair outros, com energias idênticas, que nos trazem a proposta de sabermos mais sobre a nossa energia e sobre a nossa história pessoal. Tanto sobre as coisas maravilhosas que já fizemos e fomos como onde e como um dia ainda agimos sem luz e sem amor.
Para conseguirmos aceder a esta visão inteligente e mágica da vida, é essencial fazermos um trabalho interno de reformulação de crenças de maneira a permitirmo-nos ver Ordem onde antes víamos caos.
Ao contrário do ego pessoal e social que apenas se quer focar no positivo, rejeitando e condenando o pólo negativo, a visão energética e a linguagem científica implica a aceitação dos dois pólos como complementares e essenciais a qualquer noção de equilíbrio.
É precisamente a falta de visão Cósmica que leva ainda muitos a acreditar que o mundo é um caos, que os outros ou as pessoas são más, que somos todos vítimas da sociedade ou de pessoas violentas.

Infelizmente o Deus do medo ainda tem mais poder do que o Deus do Amor e como é um dilema de crenças do ser humano, cabe a cada um fazer a sua evolução interna neste aspecto. E enquanto não há consciência, não há evolução.
Para que esse trabalho interno possa começar, precisamos sair da visão do caos e aprender a ver a ordem. Precisamos parar de nos iludirmos a olhar para fora e começar a ver a verdade de quem somos. Precisamos libertar a frequência do medo e aceder à frequência do amor. Precisamos trocar conceitos de sorte/azar ou coincidência pelas leis universais que fazem movimentar inteligentemente a nossa realidade, como por exemplo a Lei do Karma ou a Lei da Atracção ou a Lei do Equilíbrio ou a Lei da Ressonância.

Porque não fomos ensinados a ver a Ordem e o Amor regidos por estas leis, ficamos iludidos na visão da desordem e do caos e por isso a vibração do medo domina a maioria.
A violência, o egoísmo, o materialismo, a ignorância, a depressão, a revolta/frustração, a falta de energia ou ânimo e a necessidade de controle são a consequência da visão distorcida que temos do mundo, ou seja de ver o mundo com os olhos do medo. E porque não sabemos ler a realidade pelos olhos do amor e nem a percebemos como proposta de evolução pessoal, ela mantém-se, prendendo-nos a padrões velhos aguardando pela nossa evolução. Algo que só será possível com os olhos do amor.
Quando a energia do amor circula em nós, quando os nossos olhos conseguem ver Ordem e Amor, quando o nosso Deus é um Deus de amor e equilíbrio, a nossa expressão energética será a paz, o espírito humanitário, a sensibilidade, a sabedoria, a alegria, a aceitação e a capacidade de confiarmos na Ordem Maior.

Não é propriamente o mundo que precisamos curar mas sim o ser humano que sofre da pior das doenças; a desconexão com a sua essência de Amor permitindo que o medo se instale.
Embora esta mudança pareça difícil ou tarefa quase impossível, tenho comprovado que não só não é, como é mais acessível do que parece.
O primeiro passo e talvez o mais desafiante a superar seja mesmo a resistência a aceitar uma nova visão do mundo.
Por exemplo, não é fácil viver uma vida inteira a acreditar que fomos vítimas de uma infância miserável ou de pais sem amor que julgamos e condenamos até hoje e que culpamos pelo nosso estado infeliz e um dia sermos convidados a aceitar a visão de que na nossa vida passada tivemos o mesmo comportamento que julgamos no presente e que a presença dos pais, tal como são, obedece às dinâmicas kármicas que nos convidam a experienciar as nossas escolhas passadas.
É tão mais fácil ser vítima do que ganhar responsabilidade!
Mas enquanto que a vitimização nos prende ao padrão, a responsabilidade liberta.
Aprender a ver a Ordem e o Amor obriga a mudanças internas profundas sim, mas quando há disponibilidade, são feitas de maneira tranquila e amorosa ao contrário da resistência que, essa sim, provoca a perda violenta.
Não é novidade que todo o Ocidente está a sofrer de uma gigante crise existencial, atingindo aqueles a quem muitos ainda recorrem em busca de respostas; padres e psicólogos. Estamos aos poucos a aprender que a verdade de quem somos reside dentro de nós. A Astrologia e Numerologia são ferramentas valiosas na busca de quem somos. Os outros são apenas espelhos para que esse trabalho de autodescoberta possa ser mais fácil.
O nosso processo de amadurecimento e evolução pessoal é interno e somos nós os únicos capazes de o fazer. Não passa por seguir cegamente rituais religiosos ou crenças desatualizadas, não se trata de alimentar uma filosofia perfeccionista e muito menos está numa caixa de comprimidos receitada por alguém que quantas vezes está sujeito à mesma crise do seu paciente, salvo, claro, casos extraordinários.
O processo de evolução implica um movimento duplo e inteligente em nós de sabermos identificar o que já passou de data, o que já não confere, o que está desactualizado na nossa viagem pessoal e de abraçarmos o novo, o que vem trazer mais luz, o que nos leve mais perto da liberdade de sermos quem somos e do amor próprio.

Mais ou menos conscientes, mais depressa ou mais devagar, com mais violência ou mais amor, todos estamos a fazer a mesma viagem. Quanto mais conscientes dela, mais maravilhosa se torna…

Bem hajam!
Vera Luz

 

Imagem de Free-Photos por Pixabay 

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