Quíron 29º Peixes

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Em Fevereiro de 2019, Quíron está pela última vez, até ao ano de 2069, no grau 29º de Peixes, no último grau do último signo do Zodíaco, a preparar-se para inaugurar um novo ciclo em Carneiro.
Haja simbologia de fechar uma porta para se abrir outra!
Quíron é o Planeta da nossa mais profunda ferida e da sua respectiva cura, o Mestre que nos responsabiliza pelas nossas dores, a lembrança cósmica de que a viagem terrena implica integrarmos as aprendizagens que se escondem por traz de cada encontro e cada evento. E se o evento deste mês de Fevereiro já é por si maravilhoso e poderoso, para mim é particularmente especial por se encontrar conjunto ao meu Quíron Natal a 29º Peixes.

Tenho tanto a agradecer a este poderoso Cometa!

Não só porque me veio buscar pela mão e me fez percorrer tantos Mestres que contribuíram para a minha cura interior como ainda me convidou e ofereceu a oportunidade de fazer parte da cura dos outros. É uma alegria diária, uma honra poder participar na cura daqueles com quem me cruzo e muita humildade por poder aceder à parte sagrada de cada um.

Por que ele faz trigno exacto ao meu Sol a 29º de Escorpião, sempre houve uma afinidade especial com Quíron desde que o comecei a estudar e a perceber melhor o que ele representa e o que é afinal a cura.

Fui aprendendo ao longo do tempo que a cura é sempre um processo interior embora a maioria ainda acredite que ela depende de perdões dos outros, de acertos financeiros, do restauro da saúde, da presença ou ausência seja de quem for. Percebi com os anos que o que está fora não é o que precisa de cura mas é sim a via para acedermos à nossa cura interior.
Em criança acreditava que havia pessoas boas e más, bonitas e feias, felizes e tristes. Descobrir que cada um de nós é portador da dualidade foi uma das maiores curas da minha vida e pude então perceber que a vida é um longo e vagaroso processo de cura que aos poucos fui percebendo nalguns passos;

* A permanente gestão e responsabilização de tudo e todos os que atraio. Reconhecer que papeis estão os outros a fazer e como reconhecer em mim aspectos idênticos. Antes de saber fazer esse reconhecimento e de usar positivamente os “espelhos” tudo era projectado para fora através da culpa, do julgamento e da vitimização.

* Saber reconhecer o que carrego em excesso e em falta e ser capaz de conscientemente corrigir esses desequilíbrios. Algures a máscara social é-me retirada, os papeis que vestia foram-me arrancados para que a verdadeira essência se revelasse. Doeu muito mas agradeço até hoje o processo de libertação.

* Integrar as Leis Universais em todos os eventos que fui vivendo ao longo do tempo em ciclos planetários e numerológicos. Isso ajudou-me muito a desactivar o desejo de que as coisas tinham que ser como eu queria para aprender a aceitar que elas são o que eu preciso.

* Neptuno conjunto ao Sol levou-me numa viagem louca de ilusão e desilusão que acredito todos iremos sentir algures no tempo. Antes da cura vivia na ilusão de que o mundo e as pessoas deveriam ser perfeitas, vivia zangada perante as infinitas “injustiças”, culpando e julgando tudo e todos, completamente inconsciente de mim própria. Quíron ensinou-me ao longo dos anos que a grande cura não está no mundo mas em aprendermos a ver que ele já é perfeito. Que de acordo com as leis tudo está certo, no tempo certo, com a pessoa certa, a proporcionar a aprendizagem certa.

* Uma das grandes chaves da Cura esconde-se na lei do Karma que quando nos ensina que as energia emanadas são as que iremos receber, convida-nos também a usá-las inteligentemente, ou seja, a emanar sempre Amor, mesmo sabendo que ele irá ser devolvido por outras pessoas, noutros tempos e noutras circunstâncias.

* A Grande Cura é então a rendição à Vida. Não a submissão passiva perante o exterior, mas a aceitação amorosa e a consciência criativa de descobrir a intenção de amor do Cosmos por traz de cada movimento.

Tudo o que nos dói é nosso, não interessa que agulha cósmica nos acordou as dores escondidas.
Enquanto houver fuga, culpa, vitimização e projeção, a dor mantém-se. Sem responsabilidade pessoal, a cura não acontece, é adiada até que nova agulha nos traga mais uma oportunidade de curarmos a NOSSA ferida.

Que seja então um mês curador, um mês de (mais e especial) atenção ao mundo interior, que como sempre é activado pelas propostas externas que neste grau de emergência nos convidam a fazer as respectivas curas. Aproveitemos e agradeçamos o antibiótico Cósmico do momento ⭐️

Bem hajam!
Vera Luz

 

Imagem de Jills por Pixabay

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