Ao longo de todos estes anos de terapeuta, fui testemunha de muitas histórias, todas elas recheadas de enredos fascinantes que adoro investigar e compreender através dos mapas Astrológico e Numerológico.
E claro que cada história remete a uma área ou duas áreas de vida mais sensível do que as outras, normalmente apontadas como as áreas do trauma, do Karma, dos desafios, mas também do crescimento e até da Mestria, quando aceitemos fazer esse crescimento.
O que não faltam são pistas que mostram onde resistimos à vida, onde nos aprisionámos, onde nos iludimos, onde não amadurecemos, onde gerámos Karma negativo. Espiritualmente falando, foram as áreas de vida que não correram bem em vidas passadas, onde não agimos com amor, onde nos traímos a nós próprios e por isso mesmo, esses desafios aparecem na vida presente em busca de luz, cura e transcendência.
A maternidade é uma delas.
Embora seja uma experiência natural do ser humano, ela não é obrigatória para vivermos uma vida feliz e preenchida.
Aliás a sociedade em que vivemos idealizou e ainda idealiza demais a maternidade e os filhos, levando-nos a ver o papel de mãe pela lente cor de rosa da experiência perfeita, em busca do filho perfeito, como compensadora de infâncias infelizes e como essencial à nossa felicidade, o que não é verdade. Pior ainda quando a mulher hoje tem que conciliar a maternidade com a vida rápida e exigente do mundo moderno, afastando-nos ainda mais da experiência maravilhosa da maternidade.
O exagero desta idealização, que não raras vezes passa rapidamente a obsessão, esconde na verdade um drama interno; falta de consciência pessoal associada à emoção da solidão. Ou seja, durante séculos a mulher teve 3 papeis fundamentais; filha, esposa e mãe e quando um deles falta, instala-se o vazio e uma crise de identidade assustadora.
Daí 90% de quem procura terapia ter dramas e dores com os PAIS, sofrerem de solidão e vazio quando estão sem uma RELAÇÃO e precisarem de ter um FILHO como única razão de viver.
Esta obsessão por ter um filho tem levado casais a perderem-se deles mesmos e da relação, a gastarem fortunas em tratamentos de fertilização, a terem que lidar com sucessivos abortos espontâneos, a adoptar crianças por simples carência, a apegarem-se exageradamente aos filhos que nascem, a levarem-se a limites emocionais e psicológicos extremos desnecessários, tudo em nome do apego à ideia de ter um filho.
Lembremos que a Alma, muito antes dos papéis de ser filha, esposa e mãe, tem o seu próprio plano de evolução pessoal, as suas propostas individuais de cura e transformação e busca de novos patamares de experiência na encarnação presente.
Depois de vidas e vidas de inconsciência e desconexão espiritual, em que a única razão de viver foram aqueles 3 papéis sociais, a Alma interrompe o padrão de fuga e convida a pessoa a um reequilíbrio pessoal, há muito perdido no tempo. Não é raro este convite ao reequilíbrio ou processo de cura incluir cancros nas partes femininas, a própria mulher rejeitar a maternidade, abortos sucessivos, impossibilidade de engravidar, atrair parceiros inférteis ou que não querem filhos ou mesmo chegar a ter filhos mas que nascem precisamente para libertar esses apegos, com uma necessidade enorme de liberdade e autonomia que muito cedo mostram que não nasceram para preencher o vazio da mãe.
É então preciso compreender que a dor de todas estas perdas e respectivas frustrações, é um convite a um enorme processo de transformação pessoal, de libertação dessa idealização e apego, de re-descoberta da sua própria identidade, criatividade e propósito de crescimento e amadurecimento pessoal e espiritual.
O Universo incentiva as experiências apoiadas no Amor próprio e que despertam a nossa Luz interna e boicota as que nos afastam desse nosso centro. Viver exclusivamente para o outro (pais, parceiros, filhos ou mesmo profissões) por mais bonito e romântico que soe, é meio caminho andado para nos perdermos de nós próprios.
São muitos os aspectos no mapa astrológico que mostram os nossos desafios e é relativamente fácil perceber este padrão específico no mapa e as lições associadas ao mesmo. Se te identificaste com este tema e gostas de saber mais sobre a tua história karmica pessoal, marca a tua consulta enviando email para veraluz@veraluz.pt
Bem hajas e até já!
Vera Luz
Imagem de ARC por Pixabay