O que te faz feliz?

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Quantas coisas fazemos e decisões tomamos sem a consciência necessária? Por que causas lutamos e defendemos sem um questionamento saudável? Sem o devido critério que é afinal honrar o nosso caminho pessoal e equilíbrio interior? Sem a necessária liberdade e responsabilidade pessoal que nos faria questionar porque fazemos o que fazemos? o que nos faz decidir o que decidimos, porque estamos onde estamos e com quem estamos.

Pelo que vou observando, a maioria vive em piloto automático, somando tarefas sem qualquer questionamento ou validação interna, só parando pela perda, frustração ou sofrimento.
Esta inconsciência de que assim funcionamos, quase inconsciente na maioria, não é por acaso, mas sim fruto da educação que recebemos que também ela, tal como todo o resto, não é questionada. Tal como na corrida do testemunho, o importante é passá-lo ao próximo que por sua vez repete o gesto, sem nunca dar a devida atenção ao que é passado.

A maior parte de nós é encaminhado para uma escola que nos dará acesso a um curso que por sua vez garantiria um emprego e o dinheiro que precisamos para sobreviver neste planeta. É “normal” que durante esse mesmo caminho tenhamos amigos, nos apaixonemos e depois construamos a nossa família pois esse é o molde social do que define uma vida “normal”. Quando as coisas não correm dentro desta “normalidade” e não fluem de acordo com este molde social, são imediatamente vistas como desafios, julgadas como azares capazes de baixar a valorização pessoal e a noção de merecimento de qualquer um!

O que a maior parte de nós NÃO recebeu foi a oportunidade de questionar, de pensar e fazer diferente, de sair da caixa e experimentar novos e diferentes moldes de vida e busca de felicidade. O medo do fracasso, a solidão, a rejeição e a necessidade de validação e reconhecimento externo continuam a manter a maioria prisioneira dos moldes “normais”, condicionando-nos a manter fechada a porta do novo, do diferente, do que é atual aos tempos modernos ou simplesmente faz sentido ao nosso processo de evolução.

Não é raro encontrar assustadoras contradições nas pessoas que atendo: “quero salvar o meu casamento.” mas depois reconhece que “não há amor há anos”. “Agradeço ter emprego mas detesto o que faço.”, “Amo os meus filhos mas não tenho tempo para mim.”

Por essa mesma deixo-te algumas questões pertinentes que irás fazer com a tua mente, mas permitindo que seja o coração a responder:

– O que te faz feliz?
– O que seria a tua ocupação ideal?
– Queres mesmo apenas um emprego bem pago ou ganhar dinheiro cumprindo uma missão maravilhosa?
– Conhecendo as tuas qualidades e talentos naturais o que seria o lugar ideal para ti?
– De que forma imaginas realizares-te interiormente e ainda ganhar o teu dinheiro no exterior?
– Qual é a tua “praia” a nível profissional?
– Qual é o tipo de pessoa que te atrai?
– Escolhendo livremente, casarias ou não?
– Preferes emprego maçudo mas de segurança e estabilidade ou trabalho excitante, instável e flutuante?
– O que representa para ti um casamento?
– O que representa para ti um filho?
– Já aprendeste a perceber o tipo de pessoas que atrais?
– Conhecendo-te bem como conheces e realista q.b., o que e como seria a tua realidade ideal? profissional/pessoal/amorosa/)
– O que é para ti evoluir pessoalmente?
– Qual é a tua mais bela versão de ti mesmo?
– O que é para ti! sair da zona de conforto?

Não são precisas respostas precisas pois a ideia é fazer pensar, questionar, deixar em aberto, permitir que novas energias tragam novas propostas de resposta e descristalizem as velhas verdades e moldes de vida. Em cada pequena ou grande escolha, o teu livre arbítrio está a mexer com as tuas energias e com o teu futuro próximo trazendo-te consequências das mesmas.
Num tempo de tanta transformação colectiva e pessoal, procura dentro de ti a tua nova versão que apenas poderá ser real com a tua permissão e através das tuas escolhas conscientes e que honrem, não o molde social que esperam de ti, mas sim o que potencia a tua existência e contributo pessoal ao mundo.

Bem hajam!
Vera Luz

 

Imagem de Terri Cnudde por Pixabay

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