Sem que a maioria tenha consciência, a maior parte das escolhas que fazemos são direcionadas para fora. Ou seja, ou servem para resolver problemas práticos, para agradar os que amamos, para mostrar resultados a chefias, para buscar reconhecimento e validação ou ainda, são responsabilidade perante outros que têm que ser cumpridas.
Porque investimos tanta energia nos outros, acabamos por usar esses mesmos outros para a troca justa, para o equilíbrio desejado, para receber a recompensa, para ter a respectiva validação e o reconhecimento do nosso investimento energético. Maior parte dos problemas em que as pessoas se encontram são precisamente as cobranças, exigências, ataques, julgamentos e outras tantas dinâmicas tóxicas e cheias de drama, típicas de quem ainda exige algo do outro.
Mas infelizmente não é assim que o Universo funciona. Seria maravilhoso conseguirmos com as emoções, a transação fácil, sem drama e relativamente justa que fazemos quando compramos umas botas novas ou trazemos o carrinho cheio do supermercado ou pagamos as contas das utilidades caseiras todas que nos são concedidas.
O Universo garante a troca sim, a Lei do Equilíbrio existe sim, devolve a consequência da ação sim, e garante até que a escolha que fazemos retorna na mesma qualidade e intensidade. Apenas não é uma transação controlada por nós mas sim pela mão da própria vida.
Numa linguagem astrológica, é Saturno que rege estas transações, que regista cada uma das nossas escolhas e que garante que iremos ver devolvidas as respectivas consequências. Quando ele entender, como ele entender, através de quem ele entender. É natural por isso que a maioria não entenda esta Lei, resista a aceitá-la e logo, não só não saiba trabalhar com ela como tristemente a desperdiça.
Então como aproveitá-la positivamente?
Sem o conhecimento correto da Lei, não só não iremos perceber a importância do nosso investimento como iremos cair na tentação de esperar, exigir e cobrar o que nem sequer demos. Lembrar que TUDO e COMO o que fazemos conta! Para fora e para os outros obviamente mas muito mais até por nós próprios. Caso contrário podemos cair na hipocrisia de acreditar que estamos a dar amor aos outros quando nós próprios estamos vazios e nada fazemos por nós.
O mundo visível das coisas e pessoas é tentador, estimulante e ratoeira fácil da nossa energia. Mas é no interior que está o gerador e a fonte e onde decidimos a cada momento SE investimos, COMO investimos, A QUEM investimos, DE QUE FORMA investimos. Depois do investimento certo, podemos relaxar e aguardar as formas maravilhosas e criativas em como o Universo trará o retorno.
Bem hajam
Vera Luz
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay