Hoje é o dia da ment… Da VERDADE!

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Se eu afirmar que a maior parte de nós vive uma mentira, de certo muito se irão ofender, certo?

Todos aprendemos a ver a mentira como algo negativo e feio e numa confrontação ninguém admite alguma vez ter mentido.
Perante os outros e o mundo com os seus exigentes valores morais e de busca da imagem perfeita, todos somos adeptos da verdade e todos gostamos de nos gabar de nunca termos mentido.
Mentir de acordo com o dicionário é o acto de:

1. Acto de mentir; engano, impostura, fraude, falsidade.
2. Hábito de mentir.
3. Engano dos sentidos ou do espírito; erro, ilusão:
4. Idéia, opinião, doutrina ou juízo falso.
5. Fábula, ficção.

A questão que quero trazer ao de cima não é propriamente a capacidade de sermos verdadeiros com o mundo ou os outros.
A grande questão passa por sermos verdadeiros a nós próprios.

A pesada e exigente agenda social, que nos condiciona/obriga a posturas socialmente correctas leva-nos inconscientemente a ceder, moldar, ajustar ao que tantas e tantas vezes vai contra o que gostaríamos, o que sentimos, o que acreditamos e é nestes acordos que na maior parte das vezes trocamos a nossa verdade interior pela mentira, primeiro social e depois pessoal.

Muito dificilmente e só à custa de muito trabalho interior, muitos actos de coragem, saídas da zona de conforto e superação de medos é que conseguimos alinhar a verdade social com a verdade pessoal.
É por esta razão que muitos se mantêm cépticos, resistentes e fechados ao trabalho interior pois irá obrigá-los ao confronto com todas as mentiras pessoais sem a possibilidade de as projectar em ninguém. E se as dores causadas pelos outros doem bastante, as causadas por nós próprios e pela falta de amor próprio, doem muito mais.
Enquanto não aceitarmos esse trabalho de reconhecimento das mentiras pessoais iremos então compensar socialmente mostrando-nos para os outros como pessoas extremamente verdadeiras e “correctas”.

Se lembrarmos que a vida irá sempre conspirar pela verdade e transparência e boicotar os esquemas de falsidade e mentira, (independentemente se eles são interiores ou exteriores!) percebemos melhor que o que vamos atraindo é precisamente a vida em acção. Ou seja, apoiando das mais maravilhosas e surpreendentes maneiras quem se atreve a viver a sua verdade e travando ou tirando a energia e a alegria a quem insiste em manter as suas mentiras pessoais.

Quantas e quantas vezes nem percebemos o que são mentiras pessoais. Até porque na maior parte dos casos elas são feitas inconscientemente..
Por isso no dia da mentira, deixo a proposta para que seja o dia da libertação da mentira pessoal. Para que estejas atant@ onde, como, com quem e de que maneira percebes que o mundo interior choca com o exterior, onde ainda há esforço em esconder, camuflar, iludir, reprimir. E mesmo que não consigas mudar Roma num dia, pelo menos reconhece que todos temos de facto muitas mentiras pessoais e que somos responsáveis por libertá-las e devolver-lhes a verdade.
Para que então um dia o dia da mentira seja o dia em que assumimos o que já não nos serve, o dia em que admitimos o que andamos a sentir, o dia em que mostramos a verdade nua e crua de quem somos..

Um dia Feliz e Iluminado com a Verdade!
Vera Luz

 

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

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