Hoje é dia do Astrólogo. E tal como em todos os anos, agradeço ter sido abençoada pela vida com tanta sabedoria e agradecida por me ter cruzado com tantos Mestres que me ensinaram o que hoje sei, sem nunca perder a consciência de que ainda há tanto por saber.
A Astrologia e a Numerologia, foram sem dúvida e junto com muitas outras, as poderosas fontes de conhecimento que me permitiram fazer as pazes com a minha história, compreender os eventos e as pessoas que me rodeiam, tanto as maravilhosas como as mais desafiantes e crescer e evoluir com ambas.
Olhar para a frente, querer saber o futuro, prever situações e mudanças, controlar a vida é o que a maioria procura numa leitura de mapa. Sem dúvida que a Astrologia ajuda a prever eventos e propostas em determinadas áreas de vida, embora nunca saibamos “como” esses eventos e propostas se possam manifestar.
Mas tão ou mais mágico é quando olhamos para trás, para o percurso que já fizemos, para os desafios e superações que já vivemos e hoje numa Lua em Caranguejo é precisamente o que me apetece fazer.
Se o futuro, mesmo previsto, é sempre desconhecido, o passado está escrito e vivido e será então o espaço de estudo perfeito para observarmos como magicamente a vida vem sempre propor a harmonia entre a proposta interior com os eventos que fomos atraindo do exterior.
Quando conhecemos a linguagem das estrelas, podemos perceber pelos trânsitos de uma determinada data, que desafios estávamos a viver, a que transformações estávamos a ser convidados fazer. Posso dizer hoje que é assustador e impressionante a acuricidade com que os movimentos planetários acionam eventos na nossa vida e ao constatarmos isso olhando para trás, aprendemos a olhar para a frente com a mesma confiança e certeza de que tudo será como tem que ser.
A nossa data de nascimento é um código sagrado que, tal como um mapa de estrada, nos permite saber onde estamos, com que desafios estamos a lidar e como os superamos para chegar ao nosso destino.
Olhando para trás, quase ainda criança, condicionada pelas energias internas e externas e por uma profunda ingenuidade espiritual, fiz o que vi fazer; idealizei uma vida perfeita, não sabia olhar para dentro, tal como via os outros, culpava e projetava as dores nos outros, dependia totalmente de validações externas que insistiam em não chegar e caía facilmente na vitimização sem qualquer consciência de mim, do meu lugar no Universo, do meu passado e da minha proposta de evolução.
Lembro-me quando fiz a minha primeira consulta de Astrologia de ter sentido o meu mundo a desabar, o primeiro grande despertar que me obrigou a deitar fora todas as minhas velhas crenças, ideias, valores e identidade. E nem foi tanto das afirmações pertinentes, assertivas e verdadeiras sobre a minha vida, pessoas e desafios que ela ia fazendo enquanto olhava para aquela folha cheia de símbolos. Foi de constatar que a minha vida e tudo o que ela estava a confirmar, vinha daquele papel que ela tinha na mão e que era afinal o meu mapa de nascimento.
Como ela bem dizia com um sorriso e toda a sua segurança e serenidade, EU era a grande responsável por tudo na minha vida, EU tinha escolhido nascer naquele momento e aquela família e era EU que teria que me responsabilizar e superar todos os desafios de que me queixava há tantos anos.
Saí de lá a sentir que visitei uma feiticeira no alto de uma montanha e que tinha sido abençoada com uma Luz interna. Pela primeira vez na vida não me senti sozinha e começou ali o grande processo de transformação que o Escorpião em mim nasceu para fazer.
Morreu ali a vitimização e a projecção de culpa nos outros. Nasceu ali a consciência e a responsabilidade pessoal. Arrancaram-se ali muitas ervas daninhas emocionais e mentais que alimentei por anos, na mais triste das ignorâncias.
Todos os mecanismos reactivos de sobrevivência usados até ali, foram expostos. Já não havia maneira de escapar para fora pois agora havia uma consciência interna que me obrigava a ir para dentro, que pedia mais conhecimento e poder pessoal de me libertar de todos os desafios que há anos me perseguiam.
Embora tenha sido um gigante momento alquímico, uma brecha cósmica por onde muita Luz passou pela primeira vez, não foi fácil “desmamar” os velhos e inconscientes padrões e mecanismos de fuga, culpa, projecção e vitimização que me tinham sustentado e dado identidade até ali.
Sabe Deus que esses velhos botões vivem sempre dentro de nós, apenas vamos aprendendo a não carregar neles tantas vezes, até que deixamos de os usar.
Umas das primeiras coisas que percebemos no estudo do mapa, é que somos seres duais, carregamos em nós o polo da sombra, do inconsciente, do passado limitador e também o polo da Luz, da consciência, do potencial de um novo e criativo futuro. Não temos por onde fugir e o único caminho é aceitar e manter em equilíbrio estes dois lados.
É então no dia a dia que vamos decidindo se continuamos a por escolha, foco e energia na sombra, no velho, no denso ou se já conseguimos por a escolha na Luz, no novo, na evolução. Este é o grande poder, para não dizer o único que temos, e como já sabemos, a escolha define a consequência.
As perguntas que se seguiram após aquele poderoso choque espiritual foram: porque não tinha ido parar a uma astróloga antes? Onde estavam os livros que ensinavam o que ela falou? Porque tinha sofrido 30 anos sem saber que era a causadora da minha própria miséria? Como era possível a maioria das pessoas viver sem esta consciência ou conhecerem esta linguagem?
Como mostra a minha profissão, percebi que tudo tem um tempo sagrado de acontecer e tinha chegado o tempo certo para dar início ao meu caminho de consciência e cura espiritual tanto pessoal como social.
Nos anos seguintes rendi-me por completo ao mundo da terapia, da consciência espiritual, da Astrologia por ser afinal a grande proposta de cura e missão do meu mapa.
Ao longo do tempo fui-me libertando das velhas ilusões / fugas de vida perfeita, dependências tóxicas da velha identidade, típicas de quem vive inconsciente de si mesmo e da sua proposta espiritual. Assumi a missão de proporcionar este conhecimento e sabedoria a todos os que, como eu um dia, ainda vivem desorientados e inconscientes da magia da vida.
Graças a todos os corajosos e inconformados, tenho tido ao longo dos anos a oportunidade e a alegria de sentir o que aquela astróloga sentiu no dia da minha consulta, ser testemunha de milhares de despertares, de ver tanta gente a resgatar o seu poder pessoal, a render-se e a abraçar a magia da vida e a responsabilidade sobre si mesmo, a sua história e a sua felicidade.
Por isso e mais uma vez, depois de mais de 20 anos, cá estou eu mais um ano a celebrar com muita gratidão o Dia do Astrólogo, sempre com a esperança que cada vez mais pessoas possam despertar e recuperar o poder sobre a sua vida e a sua evolução.
Se queres perceber melhor a tua pessoa, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento presente, desafios e oportunidades, marca a tua consulta enviando email para veraluz@veraluz.pt
Bem hajas e até já!
Vera Luz
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