Janeiro, mês Mundial da Religião 🌙

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Religião ou Espiritualidade?

O que é o Caminho Certo e o que é o Caminho errado?

Desde sempre o homem caiu na tentação de procurar respostas fora, de ser orientado por referências externas de certo e errado na forma de regras, leis, opiniões, cultura, religião, educação, tradições, família, etc. para ser aceite e sentir-se parte do grupo, pagando o preço muitas vezes da sua anulação pessoal.

Desde sempre também que o homem que ignorasse o exterior, fosse autónomo e mostrasse seguir a sua vontade pessoal, respeitasse a sua bússola interna, seguisse a sua verdade ou a sua própria referência de certo e errado, quase sempre se deu mal, era excluído, rejeitado e não raras vezes, morto a defender a sua liberdade e verdade pessoal.

Como é óbvio não existe caminho errado ou certo a não ser o que nós internamente decidimos como tal a cada momento e que jamais poderá ser uma referência externa. Por exemplo;

Se nascemos para aprender sobre coragem e independência, ceder por medo ao outro, trai o nosso propósito.
Se nascemos para aprender sobre esforço, disciplina e trabalho, viver dependente de alguém, trai o nosso propósito.
Se nascemos para ganhar responsabilidade e maturidade, esperar que os outros nos apoiem e ajudem, trai o nosso propósito.
Se nascemos para nos aceitarmos e amarmos tal como somos, esperar reconhecimento e validação dos outros, trai o nosso propósito.
Se nascemos para expandir, ampliar a nossa mente e visão do mundo, manter apegos e resistir à mudança, trai o nosso propósito.
Se nascemos para reconectar com Deus, para aprendermos sobre a inteligência cósmica e as leis do Universo, o ceticismo e a resistência, trai o nosso propósito.
Se nascemos para amar, não amar trai o nosso propósito.
Etc…Etc…Etc…

Ambas as necessidades, tanto de seguir e pertencer a um rebanho como a da liberdade e transformação da Ovelha Negra, fazem parte do ser humano. Gerir as duas é que se torna por vezes muito desafiante se não soubermos internamente a lista de lições da vida presente, pois ingénua e inocentemente, podemos facilmente estar a trair o nosso propósito. Não esqueçamos que todas as escolhas que vamos fazendo, vão criando consequências com as quais teremos que lidar algures num tempo futuro, nesta ou noutra encarnação e obviamente quanto mais qualidade têm as as nossas escolhas, melhor será o fruto a colher.

Não é por isso surpresa nenhuma que ao fim de 20 anos a acompanhar pessoas, tenha observado que as mais religiosas, são as mais ingénuas, são as que ainda mais sofrem, são as que se sentem mais perdidas e desiludidas com a vida, estão ainda presas a crenças e verdades exteriores que na maior parte dos casos nunca foram questionadas internamente ou sequer estão alinhadas com o propósito da sua vida. É evidente então que alguém que investe no seu mundo interior, na cura das suas emoções e transformação das mesmas e na consciência da sua história e padrões pessoais e sabe muito bem escolher de acordo com as lições que precisa aprender para evoluir, está francamente mais saudável e equilibrada.

Por alguma razão os astrólogos foram perseguidos pois o mapa astral É uma via directa para a bússola interna, É o plano de evolução da Alma, É o nosso GPS pessoal.
Quem conhece o seu mapa, os seus desafios, o seu propósito, não depende mais de referências exteriores, sejam elas familiares, políticas, sociais ou religiosas e sabemos pela história que não é do interesse dos poderes exteriores que o indivíduo desenvolva o seu poder pessoal. Obviamente que o exterior, pessoas e eventos estão sempre lá, mas já não são referência ou fonte de orientação.
Quem conhece o seu mapa, percebe que a sua felicidade, alinhamento, saúde, harmonia e paz interior estão dependentes do equilíbrio entre os desafios da sua personalidade e o propósito da sua Alma e só o próprio pode gerir positiva e conscientemente essas duas necessidades.
Sem a consciência do propósito da Alma, a personalidade entra em auto-gestão, passando a fazer escolhas e tomar decisões que não só não levam o equilíbrio em conta como irá criar problemas graves de ilusão, ignorância, dependências e apegos. Curiosamente, os grandes venenos do mundo dizem os Budistas há 2500 anos.

Acredito que as religiões mais dogmáticas e fundamentalistas, serviram o seu propósito de orientação espiritual num longo tempo de “Noite escura da Alma” da humanidade, em que o homem pouca ou nenhuma consciência da sua Luz interna e origem Divina tinha e precisava de uma qualquer referência externa. Mas sabemos bem que o hábito não faz o monge e os mesmos que prometiam a salvação e o caminho para Deus, foram os mesmos que mataram, destruíram e abusaram de quem se opusesse às suas verdades absolutas.

Estamos à beira de uma gigante mudança de paradigma de consciência, a espiritualidade e o desenvolvimento pessoal são hoje, na transição para a Nova Era, um movimento humanitário gigantesco cada vez maior de responsabilidade e saúde pessoal e espiritual.
Temos cada vez mais seres Despertos, Conscientes e preparados para assumir a sua Responsabilidade Pessoal e Espiritual sobre si mesmos e obviamente os velhos poderes materiais e moralismos religiosos já não servem às novas e despertas almas que estão a nascer já desde há alguns anos e que vêm preparadas para fazer parte desta maravilhosa mudança.
Se estás a ler este texto, és provavelmente uma delas e está na tua mão contribuir para a criação de um Mundo Novo. Os nossos descendentes irão agradecer.

Bem hajas e até já!
Vera Luz

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Foto by Pexels  Ксения Вохминцева

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