Bye Bye Plutão em Capricórnio I

0
Sabes aquela sensação que temos em adultos, quando olhamos para trás, para as escolhas imaturas que fizemos?
– Como pude acreditar no que me disseram?
– Eu era tão ingénu@
– Caí que nem um patinho!
– Fui atrás de A ou confiei cegamente em B e dei-me mal!
– Sofri muito em esperar amor do outro..
– Gostava tanto de voltar atrás e fazer tudo de novo.
– Se eu soubesse o que sei hoje…
– Eu era tão dependente da validação do outro!
Tenho a certeza que todos já um dia verbalizámos algumas destas frases.
Cada uma delas revela que embora o dia a dia por vezes parece estagnado e repetitivo e que somos sempre a mesma pessoa de volta das mesmas lições, a verdade é que há um processo de maturidade e desenvolvimento da consciência a acontecer ao longo do tempo.
De forma invisível mas inteligente, todos os eventos estão ligados uns aos outros ao longo da vida, assegurando assim um intencional plano de evolução espiritual, que está escrito no nosso mapa astral.
Embora tantas vezes pensemos que somos como somos ou que dificilmente iremos mudar ou atingir o nível de confiança, segurança, coragem e amor próprio que gostaríamos, a verdade é que a inteligência da vida vai-nos empurrando por uma escada evolutiva acima que tem precisamente essa intenção; respondermos cada vez melhor aos velhos testes.
Por ser uma escada longa e por passarmos às vezes tanto tempo em cada degrau, acabamos por perder essa visão ampla que nos mostra o quanto já escalámos quando olhamos para os degraus anteriores e que desafios precisamos superar para atingir o degrau de cima.
É nessa visão ampla que também percebemos que os nossos sonhos e anseios, nem sempre estão sintonizados com esse plano de evolução e não é raro descobrirmos que o que a vida nos trouxe de diferente, é sempre melhor do que aquilo que queríamos. Ou seja, podemos não ter conseguido sempre o que queríamos, mas tivemos sempre o que precisávamos e o que estava alinhado com o nosso destino.
É por isso um enorme desgaste de energia, comparar a nossa escada e degrau com as pessoas à nossa volta, quando cada um nasce com uma proposta de escada única.
A maioria de nós, por que não tem a consciência da escada e do seu propósito evolutivo, não consegue valorizar o que já subiu, nem consegue ver nos desafios à sua volta, as infinitas oportunidades de superação pessoal.
É desta visão cega, ingénua e ignorante da realidade, nasce a resistência com a vida, as ilusões dos papéis que as pessoas que nos rodeiam realmente representam, gerando depois tóxicas formas de dependências e apegos.
Mas se ao olharmos para o futuro, ainda por vezes sentimos medos, receios e dúvidas sobre o que virá, é a olhar para trás que conseguimos perceber a escada evolutiva e tomarmos consciência de como cada degrau, cada episódio, cada encontro e desencontro, cada experiência de ganho ou perda, foi essencial para chegarmos onde estamos hoje e sentirmos em nós o orgulho de tanta superação e transformação pessoal.
Claro que todos temos uma criança em nós, inocente, iludida e imatura que gostaria que o mundo fosse um paradisíaco útero e cada pessoa fosse perfeita, um colinho seguro e fonte de amor permanente.
Mas não foi essa a intenção do Criador.
Tal como vemos no próprio nascimento, o processo de maturidade acontece na separação, na dor do desapego, no corte do confortável cordão umbilical, na desilusão da busca do amor e alimento externo, para abraçarmos a exigente viagem de sobrevivência e responsabilidade individual, o desconfortável processo de autonomia, seja ela emocional, psicológica, financeira ou espiritual.
Como diz uma famosa frase;
“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.”
O desconforto de sair da zona de conforto e de sermos empurrados para a frente, fará sempre parte da viagem de evolução. Mas mais vale a dor de corajosamente ir do que a dor de cobardemente ficar.
Infelizmente estes movimentos não são garantidos e não é raro o ser humano recusar-se a abraçar o seu processo de desapego e maturidade por não ser capaz de deixar ir os tóxicos apegos e ilusões.
No entanto, quando aceite e percorrida, a vida será vivida como uma viagem de superação, de consciência e evolução pessoal. É o salto quântico na formação do adulto. É ter como objetivo o próximo degrau, o auto conhecimento, a evolução individual e abraçar os desafios que nos levarão lá.
O sofrimento vem da recusa a esta viagem. É a resistência ao novo. É a falta de fé no propósito inteligente e evolutivo dessa viagem. É o medo em todas as suas desculpas e justificações. É a fuga à vida e a insistência em permanecer criança. São todos os jogos de vitimização, culpa e manipulação que apenas adiam a inevitável evolução espiritual.
Ou seja, as chamadas dores do crescimento, fazem parte da vida e são sentidas sempre que houver empurrões escada acima e astrologicamente falando, estes movimentos são ativados pelos planetas Urano, Neptuno e Plutão.
E porque estes grandes senhores são lentos, só quando eles tocam ângulos ou planetas do nosso mapa natal, sentimos na pele o enorme respeito pela inteligência da vida e o quanto o nosso infantil ego é frágil.
Temos neste momento Plutão a terminar a sua viagem desde 2008 na área do teu mapa onde se encontra Capricórnio.
Se ainda não conheces o teu mapa, deixo-te a sugestão de o conheceres, não só para recolheres e validares com amor todas as dores e crescimento que aí viveste nos últimos 16 anos, como para te preparares para umas enormes obras de transformação na área de vida onde tens Aquário para onde ele irá nos próximos 20 anos.
Até dia 19 de Novembro e já direto, teremos Plutão, o Planeta mais desafiador do nosso sistema solar, no Signo mais exigente e sério do Zodíaco; Capricórnio, no catalisador e transformador grau 29º, um grau muito presente na minha vida.
E o que isto significa?
Que aquela área de vida está a ver neste momento movimentos instáveis, velhas lições a retornar, padrões tóxicos que já pensávamos haver superado que voltam nas mais inesperadas pessoas e eventos, testes de resiliência, de segurança, confiança, verdade pessoal, autoridade e limites que fizemos de tudo para evitar nos últimos 15 anos.
E por mais diabólico e desconfortável que o momento presente nos pareça, através de circunstâncias e pessoas desafiantes, tudo não é mais do que a Vida na sua inteligência e tentativa eterna de nos amar, potenciar e iluminar, a mostrar o que ainda não está evoluído e é sombra em nós.
A grande proposta do anarético grau 29º está associada com destruição do velho, morte e transmutação do que já não serve, revisão de velhas sombras não integradas.
Embora seja um grau difícil, ele lança à pergunta ao nosso sagrado livre arbítrio;
– Curas e libertas-te de uma vez? Ou resistes e aprisionas-te ainda mais?
Como é óbvio não é apenas o desejo da cura que a garante mas sim e apenas a nova escolha perante o velho drama. A escolha da luz e do amor perante os velhos medos, apegos e inseguranças.
Podemos então dizer que o Grau 29º é o grau da cobardia mas também da coragem. O grau da inconsciência total mas também o grau da consciência iluminada. O grau da repetição de padrões ou o grau da libertação deles.
Por isso defendo tanto o auto conhecimento através do nosso mapa astrológico pois mais do que a nossa vontade, ilusão ou distorção, são as posições planetárias que irão mostrar o dilema e é a nossa consciência deles que nos dará a oportunidade de escolhermos bem.
Que as próximas semanas sejam vividas com consciência, com centro e com a coragem de fechar tudo o que não tem luz ou qualidade e de nos abrirmos ao novo e desconhecido mas que fervilha no potencial de evolução.
https://veraluz.pt/bye-bye-plutao-em-capricornio-ii/
Se sabes em que Casa astrológica anda Plutão a transitar, consulta aqui algumas pistas sobre os temas a que deves estar atent@.
Trânsitos na Casa 1
Proposta de revisão total do Eu, da imagem, da consciência pessoal e de como nos projetamos no mundo.
Tempo de libertação de pesos do passado tais como pessoas, crenças, valores, dependências, apegos ou qualquer outra forma de prisão que nos impediu de percebermos quem somos, de cumprirmos o nosso caminho e a nossa missão pessoal. Proposta de empoderamento do Eu que permita ao próprio escolher, agir e viver de acordo com a sua bússola interna e não mais por referências externas.
Necessidade de assumir controle sobre a própria vida e de libertar o que ou quem quer que impeça esse empoderamento de acontecer.
Renovação da imagem, mudança de estilo, coragem de mudar de visual, cuidado com o corpo, assumir as suas preferências com confiança e segurança, sem medo de críticas ou julgamentos.
Não é raro haver uma maior ligação ao corpo, vontade de voltar ou renovar exercício físico, religação da mente ao corpo, alimentação.
Qualquer tipo de máscara ou imagem falsa tende a cair nesta altura para dar lugar a uma mais natural e genuína apresentação. Acontece por consequência um afastamento de pessoas que julgam negativamente a originalidade e a afirmação da diferença e um aproximamento de um tipo de pessoas que aceitam e valorizam a expressão livre e verdadeira do eu.
Estes trânsitos irão mostrar não só o resgate do nosso poder pessoal sobre a nossa vida, mas primeiro mostrarão onde perdemos o nosso poder, onde, como e com quem gastávamos a nossa energia, na sombra de quem vivíamos, a quem cedemos o nosso poder pessoal. Ao longo destes anos aprenderemos a ser mais corajosos, a dar a cara, a sair da zona de conforto, a caminhar mais sozinhos, a ganhar mais confiança, coragem e amor próprio.
Trânsitos na Casa 2
Proposta de revisão total dos valores interiores e exteriores, do trabalho, do dinheiro e sentido de segurança e estabilidade
Tempo de revisão sobre a forma como usamos (ou não) as nossas qualidades, os nossos recursos, as nossas paixões na forma como ganhamos o nosso dinheiro. Que preços elevados mentais, emocionais e espirituais pagamos na forma de exaustão, desgaste, depressão, sacrifício pelo dinheiro que levamos para Casa. Tempo de repensar o valor interior vs aquilo que recebemos, revisão do merecimento, da capacidade que temos para viver com muito mais qualidade. Não é raro os trânsitos dos planetas lentos provocarem instabilidade financeira, mudança de emprego, mudança de fonte de rendimento, questionamento do papel do dinheiro na nossa vida. Por exemplo, quem nunca foi financeiramente independente, pode começar a ganhar o seu dinheiro assim como no polo oposto o materialista desapega-se da ilusão do valor das coisas e descobre ou aprende a valorizar mais os valores humanos.
Segurança é uma palavra chave da Casa 2 e por isso iremos ser convidados a rever a segurança como estado de ser e não como estado de ter e a proposta de que os recursos internos estejam alinhados com o dinheiro que ganhamos.
Trânsitos na Casa 3
Proposta de revisão na área da mente, aprendizagem, ensino, comunicação e também convívio, irmãos, interesses e viagens pequenas.
Mudança completa da forma como comunicamos, aprendemos, estudamos, ensinamos, que por sua vez implica revisão profunda de crenças, valores, ideias, pontos de vista, argumentos e verdades absolutas. A proposta dos trânsitos convida a abrir espaço para a curiosidade, novas formas de pensar e ver o mundo, libertação de crenças limitadoras, revisão de valores, abertura para uma visão mais ampla, aberta, curiosa, mais humilde e mais espiritual da vida. É normal aparecerem oportunidades para aprender novas matérias que até ali não eram consideradas, expandir a mente, desenvolver a consciência pessoal, investir em novas formas e técnicas de comunicação que permitam o melhor da Casa 3; viver com a mente curiosa e aberta capaz de criar com o outro saudáveis pontes de comunicação e relação. São típicos dos trânsitos da Casa 3 convites para fazer cursos, sair mais, aprender coisas novas, escrever um livro, lançar projetos de comunicação e pode até envolver mudança de cidade, de bairro, ou viagens regulares
Trânsitos na Casa 4
Proposta de revisão relacionada com a família, com as memórias familiares, com os ancestrais, com a casa física mas também a casa interna e respectivas estruturas sólidas.
A Casa 4 refere à mãe, à infância, à casa, à família, aos ancestrais, os laços de sangue, os bens da família e todos os envolvidos no laço familiar. Logo, trânsitos dos planetas à Casa 4 irão levantar alguns destes temas. É natural por isso que haja mais foco nas pessoas que compõem a familia, responsabilidades sobre familiares em caso de doenças, mudanças, compra e venda de casas, pode haver morte de familiares, divórcios, conflitos. Os apegos são típicos desta casa, por isso as mudanças terão em vista desapego, mais autonomia e mais responsabilidade sobre a estrutura emocional de cada um e a responsabilidade sobre a herança financeira emocional e espiritual da família. Não é raro quando há planetas natais nesta casa, haver dinâmicas de infância complexas, por vezes desafiantes que condicionam o próprio no seu crescimento e adiando o seu amadurecimento. Aquando dos trânsitos na Casa 4, pode ser o tempo de amadurecer, desapegar, sair de Casa, fazer obras, criar a própria estrutura, comprar casa e criar novas raízes, a saída para o mundo do trabalho, mudança de emprego, ou seja, estes trânsitos requerem amadurecimento e responsabilidade na criação, manutenção e revisão de estruturas lembrando sempre que a proposta é conquistar cada vez mais independência e estabilidade a nível pessoal.
Trânsitos na Casa 5
Proposta de revisão de identidade, consciência pessoal, o que respeita à nossa diferença, Amor próprio, criatividade e filhos.
Trânsitos de Casa 5 convidam a revermos que papéis representamos, na família, com os amigos, nas relações românticas, como pais, como profissionais e se estão ou não alinhados com quem nós somos e com a nossa missão pessoal e com as lições que viemos aprender. É uma Casa ligada á criatividade e ao prazer mas é por excelência a Casa do Amor Próprio, embora quando este falta, tendemos a projetar nos filhos, nas paixões, na arte ou em símbolos de valor. Embora seja uma casa que convida ao amor, à alegria e ao entusiasmo quando é puro e genuíno, ela torna-se problemática quando não há amor ou pior ainda, quando confundimos e projetamos o amor em coisas e pessoas. Esta falta de amor próprio esconde dois problemas que tendem a vir ao de cima nos trânsitos de Casa 5; a sensação de inferioridade e superioridade. É muito comum encontrar pessoas cheias de potencial, dons, talentos e qualidades artísticas e criativas extraordinárias, que só os descobrem e valorizam nestas alturas. Pelo contrário, quem se exibe pelo ter ou por uma qualquer máscara de ilusão de superioridade, tem nestes trânsitos a oportunidade de se libertar das mesmas, de ganhar humildade e de se reconectar com a sua verdadeira essência. Lembrar que os trânsitos de Casa 5 vêm reconectar-nos com a nossa essência, com a nossa alegria, com o nosso amor próprio e com a nossa capacidade de criar com paixão algo que doaremos ao mundo. Filhos, paixões ou amores, criatividade capacidades artísticas, dons e talentos serão as áreas de vida a ter em atenção.
Trânsitos na Casa 6
Proposta de revisão da rotina, organização do dia a dia, burocracia, alimentação, saúde física e temas relacionados com animais domésticos
Os trânsitos de Casa 6 trazem o convite de mudança da nossa rotina de forma a vivermos com mais harmonia, saúde e qualidade. A Casa 6 tem a fama de não ser uma casa confortável pelo seu grau de exigência, tarefas e obrigações diárias, mas quem as cumpre vive descansado e de consciência limpa, sabendo que limpou, organizou, arrumou o seu mundo e por isso está mais livre para si mesmo e para a sua harmonia interior. A saúde / doença pode ser a forma pela qual percebemos que não estamos a viver em equilíbrio ou a respeitar as necessidades da nossa alma e uma doença será a forma pela qual iremos questionar a forma como vivemos. Dietas, mudanças, acabar com vícios, iniciar exercício físico, saúde, assuntos de bem estar e desintoxicação, procura de bons terapeutas e médicos serão uma prioridade. Rever a rotina, o tipo de trabalho, a disciplina diária, ou seja, onde e como gastamos a nossa energia diária, serão tema constante nos trânsitos de Casa 6. Por fim os animais, caso os haja, serão provavelmente um tema ou na vinda de um novo, ou na doença ou partida de um velho amigo. Importante é sempre lembrar que o que vem, vem por bem.
Trânsitos na Casa 7
Proposta de revisão das relações e formas de relacionar, vida social e parcerias.
Os trânsitos de Casa 7, dependendo do Planeta em questão, trazem sempre revisão da forma como nos relacionamos e se já aprendemos a lição do equilíbrio entre dar e receber, não apenas nas relações íntimas mas em todas. É comum tanto o início de uma relação nova como o fim de uma existente, principalmente se revelaram com o tempo não ter qualidade. Questões de submissão, autoridade, apego, dependência emocional e/ou financeira, traições, abandono ou mesmo de encontrar a pessoa certa serão todas possíveis e melhor se entenderão as dinâmicas com o mapa pessoal de cada um. Porque a Casa 7 abre o hemisfério social, pode ser um tempo de sair do anonimato e dar mais a cara, exposição social e sair para o mundo. Dependendo do planeta em trânsito podemos sentir o convite de Júpiter para questionar o sentido espiritual da relação, de Urano para libertar uma relação ou dar mais espaço às relações, de amadurecer e resgatar autoridade se for Saturno, de parar de idealizar as pessoas com Neptuno. Seja qual for, não seremos capazes de fugir a uma proposta de viver mais conscientes e equilibrados nas nossas relações.
Trânsitos na Casa 8
Proposta de revisão dos assuntos mais sensíveis e íntimos como sexo, dependências financeiras, medos inconscientes, temas tabu, inseguranças e dinheiros conjuntos
A Casa 8 representa o nosso poder pessoal, vontade, coragem, segurança e autonomia emocional e financeira. Não raras vezes, ou seja, enquanto os medos e inseguranças nos dominarem, enquanto não houver ainda consciência dessas sombras em nós, delegamos em alguém todos esses poderes, por medo, insegurança, cobardia, dependência e irresponsabilidade pessoal, criando assim apegos e jogos de manipulação terríveis sem necessidade. Plutão, o Grande Mestre da Casa 8, tem como função levar, tirar, limpar, remover esses apegos, abrindo assim espaço para a cura interior. Os trânsitos de Casa 8 convidam a rever essas sombras, confrontam-nos com os nossos demónios internos que quando não reconhecidos, se fazem representar em demónios externos. É por isso um tempo de terapia, de olhar para dentro, de coragem, de descobrir que somos mais fortes e capazes do que imaginávamos, de autonomia emocional e principalmente de desapego de tudo e todos a quem nos agarrámos por falta de amor e confiança pessoal. Se o tema é dependência emocional, iremos descobrir que sobrevivemos sozinhos. Se o tema é dependência financeira, iremos descobrir que somos capazes de ganhar o nosso dinheiro. Se o tema é medo de avançar, de seguir a intuição e largar a toxidade na nossa vida, seremos empurrados para o precipício onde descobriremos que conseguimos voar. Importante mesmo é lembrar que a proposta é libertarmo-nos de todo e qualquer medo/apego que nos limite, e recuperar a coragem capaz de enfrentar qualquer obstáculo e isso só é possível avançando e não evitando.
Trânsitos na Casa 9
Proposta de revisão de crenças, do rumo espiritual de vida, de questionamento sobre o que nos faz sentido, de necessidade de viver a nossa verdade, de expandir a realidade
Os trânsitos de Casa 9 provocam não raras vezes uma crise espiritual ou existencial. É o tempo de questionar a vida até ali, de rever a rota, de questionar quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Regida por Júpiter, trânsitos da 9 abrem horizontes, levam-nos mais longe, mais alto, mais perto do nosso trilho original. É comum velhas formas de estar e viver já não fazerem sentido, substituir velhos valores e crenças por novos e mais atualizados e não é raro incluir uma expansão do mundo tanto na forma de consciência espiritual como na forma física das viagens. Mudanças de país estão incluídas assim como mudanças radicais da filosofia de vida. A Casa 9 convida sempre a estudos filosóficos, vontade de entender e chegar mais perto de Deus, descobrir o significado por trás dos eventos do mundo terreno e por isso é chamada a Casa da sabedoria. Sem este conhecimento superior, caímos numa ignorância espiritual profunda e na tentação de acreditarmos que o mundo é um caos, nas injustiças, na sorte e azar e na vitimização, afastando-nos perigosamente da visão maravilhosa da Casa 9 de que tudo tem uma razão de ser. É por isso que esta é a Casa das Leis de Deus que nos lembra que o Universo nasceu de uma polaridade ordenada, iluminada e amorosa e que tudo é uma expressão dessa Ordem.
Importante lembrar que qualquer mudança, seja ela impulsionada pelo próprio ou vinda de fora, terá sempre a proposta de alinhamento interno, de estarmos melhor do que estávamos antes, mesmo que assim não pareça.
Trânsitos na Casa 10
Proposta de revisão de carreira, imagem pública, objetivos profissionais ou sociais, respnsabilidade pessoal sobre si mesmo
Trânsitos de Casa 10 trazem revisão de carreira, imagem pública, conquistas e objetivos e responsabilidade social e se estão ou não alinhados com a proposta de encarnação. Por essa razão tanto podem ser trânsitos de libertação, fim e busca de um novo rumo como, pelo contrário, podem ser de reconhecimento, sucesso e promoção profissional. Nem um nem outro terão nada a ver com sorte ou azar mas sim com alinhamento com o propósito do nosso mapa. Por ser uma Casa de responsabilidade, autoridade e leis pode manifestar-se em questões com a justiça, processos em tribunal, multas, queixas. A Casa 10 é por excelência a Casa do poder, da autoridade, da ambição da necessidade de reconhecimento mas é necessário ter cuidado com exageros pois tanto pode fazer cair o mais poderoso do pedestal como catapultar para um lugar de poder um anónimo pela sua integridade e pelo seu sentido de dever e responsabilidade pessoal. Por ser a Casa pública, social, do local de trabalho mas também de poder, não é raro virem ao de cima questões de autoridade, abusos de poder vs submissão, questões com autoridades várias, processos de tribunal que são normalmente expostos para serem resolvidos e equilibrados. Bem aproveitados os trânsitos de Casa 10 devem para expandirmos a nossa presença social, ganhar mais responsabilidade pessoal, cívica e social e descobrirmos formas de contribuir para uma sociedade melhor.
Trânsitos na Casa 11
Proposta de revisão dos grupos a que pertence, das amizades, circuitos sociais e responsabilidade social / humanitária
Os trânsitos de Casa 11 ajudam a reorganizar a nossa vida social, levando os amigos que já não vibram connosco e fazendo atrair novas pessoas que nos irão aproximar mais da nossa responsabilidade pessoal / social. Ou seja, como podemos contribuir para um mundo melhor. Seja na forma de iniciativas pessoais, organizações, grupos, partidos políticos, clubes desportivos, associações de várias naturezas onde normalmente nos iremos rever mais numa do que noutra. O poder do grupo de mudar o mundo está na base destas associações e cabe a cada um de nós descobrir o nosso contributo pessoal na criação de um mundo melhor. Por isso é comum nos trânsitos de Casa 11 sentir afastamento de amizades superficiais ou sem orientação específica e sentir uma atração positiva por pessoas que reconhecem e incentivam o potencial de cada um ao serviço do todo. Dependendo da história de cada um, não é raro encontrar pessoas que criam associações e grupos de apoio, de vários tipo de ajuda, de troca de informações ou bens, de salvamento, que podem envolver ideias, pessoas, animais, a natureza, enfim o que quer que ressoe e onde a nossa alma sente que tem um contributo a fazer. Ao contrário da Casa 4 que nos juntamos por laço de família, na 11 juntamo-nos por ideias, ideologias, orientações sociais, políticas e humanitárias.
Trânsitos na Casa 12
Proposta de revisão de si mesmo e do seu inconsciente, necessidade de silêncio e solitude para lidar com a bagagem emocional que traz de vidas passadas, tanto qualidades como defeitos.
Trânsitos na Casa 12 pedem paragem, reflexão, introspecção, análise pessoal e/ou com ajuda de terapeutas sobre si mesmo e sobre todas as dinâmicas que o fazem ser como é. A Casa 12 é por excelência a Casa do inconsciente, ou seja, a Casa para onde atiramos tudo o que ainda não somos capazes de lidar. Tal como um guardião, o inconsciente protege-nos daquelas energias ou sombras até que venha o tempo de cura, o tempo que sejamos capazes de lidar, aceitar, trazer à consciência, curar essas sombras. Os trânsitos de Casa 12 é isso que fazem, lembrando que o signo, o regente, os planetas lá presentes e o de trânsitos irão mostrar que tipo de sombras são. Por ser a última Casa do zodíaco, haverá sempre temas de fim, limpeza, libertação, cura, aceitação, pacificação com questões do passado. É comum por isso aparecem na nossa vida pessoas, eventos, questões que ficaram pendentes e que voltam agora para um fecho amoroso. Uma das características dos trânsitos da Casa 12 é a sensação de solidão que pode ser desconfortável para alguns ou de solitude quando aproveitamos e até agradecemos esse mágico e profundo trabalho de cura. Por ser um trabalho exigente, que implica alguma sensação de isolamento do mundo e sentir as velhas sombras e cargas emocionais negativas a emergir em busca da cura, os transitos de Casa 12 podem ser confundidos com uma depressão quando na verdade estamos mais perto da libertação do nunca. Mas idealmente e bem vividos, seriam uma mistura de tempo livre, e espaços de cura na forma de terapeutas, livros de auto-ajuda, cursos de consciência pessoal, viagens e retiros espirituais para que o tempo seja aproveitado da melhor forma e para preparar o maravilhoso trabalho dos trânsitos na Casa 1!.
❤

Imagem de Dilan arezzome por Pixabay

Share.

About Author

Leave A Reply