Criatividade não é apenas arte expressiva, canto, pintura, escultura, dança, música, culinária ou mestria em instrumentos musicais.
Criatividade é a capacidade de criar, inventar, imaginar, intuir algo novo que tenha utilidade, beleza e principalmente, importância. Depende da forma como usamos a criatividade, ela é maravilhosa quando é prática, útil, capaz de criar mudanças positivas na vida de todos, seja em que área for.
Qualquer um dos nossos 5 sentidos sabem reconhecer o sabor agradável, a vista bonita, o toque prazeiroso, o cheiro maravilhoso, o som harmonioso e são infinitas as possibilidades de sermos deslumbrados por cada uma delas.
E se juntarmos o mundo das ideias e o campo das emoções, quem não gostaria de se libertar dos seus pensamentos negativos e das suas emoções pesadas? Se repararmos, normalmente tal só é possível quando nos expomos a ideias novas e a sensações diferentes, capazes de destronar o velho e permitir que o novo passe a ser uma realidade.
Podemos então resumir que a criatividade é a capacidade de encontrar soluções, de criar mudanças, de intuir novas abordagens, de experimentar novas fórmulas, de revelar o novo, o diferente, o orginal. Ou seja, a criatividade precisa de liberdade, genialidade, atrevimento, experimentação, pensar e agir fora da caixa e por isso, vai contra o tradicionalismo, o conservadorismo, a rigidez, a mente fechada que tende a julgar tudo o que é diferente.
Vemos este fenómeno a acontecer o tempo todo nas mais variadas áreas de vida, seja ela relacional, familiar, profissional, financeira, legal, política. Mas pouco vemos ou usamos a criatividade na sua mais importante expressão; na forma como escolhemos viver a nossa vida.
A sociedade patriarcal, conservadora, religiosa, julgadora, conservadora que tivemos nos últimos séculos e que sobrevive até hoje, não deu espaço à criatividade. A própria arte, até há cerca de 100/200 anos atrás, estava quase exclusivamente ao serviço da realeza e do clero e por isso o boom do último século na diversidade artística. A verdade é que não houve liberdade, irreverência, originalidade e sabemos bem que quem se atreveu a fazer, pensar, acreditar ou escrever diferente, não teve a vida fácil.
Infelizmente, esse tempo castrador e dogmático deixou em nós uma natural resistência a tudo o que é novo, diferente, original e fora da caixa.
Para nós, a criatividade é algo que acontece, está em aulas ou cursos de arte ou nos museus. A maior parte dos trabalhos e profissões estão formatadas e fechadas a qualquer opinião divergente, mas pior do que isso, vivemos as nossas vidas pessoais, como que também a seguir moldes feitos de relação, parentalidade, rotinas diárias, formas de vestir, pensar e até de lidar com emoções.
Mas nós não somos robots, não nescemos para ser cópias, não viemos repetir padrões de vida, ou imitar estilos impostos do exterior, mas sim reclamarmos o direito de viver à nossa maneira e de sermos a pessoa que nascemos para ser, de cumprirmos a missão traçada pela nossa Alma, de assumirmos a nossa diferença, de celebrarmos os nossos talentos.
É a sociedade é que nos vende um molde universal que condiciona o que pensamos, o que vestimos, o que comemos, em que acreditamos, que Deus seguimos, o que é bonito e feito, certo e errado. E assim acabamos por nos condicionar a tentar ser o que o exterior espera de nós quando o ideal seria precisamente o contrário.
O objetivo é olharmos para nós, conhecermo-nos muito bem, percebermos como podemos superar e curar as nossas resistências e medos internos, celebrar os nossos dons, talentos e qualidades únicas e depois então, colocá-los ao serviço da nossa estrutura pessoal, dos outros e do coletivo.
Claro que num tempo entre o velho julgamento e culpa de ser diferente e a nova proposta de liberdade e irreverência, pagam-se preços altíssimos das duas partes; o velho porque já não consegue que a vida seja controlada e imprevisível e o novo porque terá que soltar as cordas dos apegos e da segurança, superar a rejeição e o julgamento e aventurar-se sozinho no seu caminho pessoal.
É no nosso mapa natal que iremos começar a entender no que a nossa proposta difere das dos outros à nossa volta. É no nosso mapa natal que iremos confirmar se os sonhos e anseios internos que sentimos, têm razão de ser. É no nosso mapa natal que iremos também perceber que resistências e medos trazíamos do passado e que algures teremos que superar. É no nosso mapa natal que iremos perceber que preços precisamos pagar para sermos fiéis a nós próprios ou que karma iremos gerar se não o fizermos.
Só deste auto conhecimento poderás então lembrar que tu és @ Artista e a tua Vida, a tua obra de arte!
Se queres perceber melhor a tua pessoa, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento actual, desafios passados e oportunidades presentes, envia email para veraluz@veraluz.pt, liga 967988990 ou ou encaminha para alguém que precise de ajuda.
Bem hajas e até já!
Vera Luz