A ilusão da superioridade e da inferioridade

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O Amor próprio é um conceito maravilhoso, um conjunto de palavras inspirador, mas infelizmente, pouco entendido e ainda menos aplicado.
Podemos resumir Amor Próprio como a aceitação incondicional de quem somos. E quem somos é a soma de TODAS das nossas partes, e muito mais.

Para uns poucos parece um estado já conquistado internamente, mas para a maioria é ainda um gigante desafio. Até porque o conceito de Amor Próprio ainda vive muito confuso e dependente do que temos e está ainda pouco relacionado com o que somos.
Por essa mesma razão faz-nos confusão pessoas que não têm nada serem capazes de uma boa energia e auto estima e pessoas que têm mais do que maioria sonha, estarem depressivos ou mesmo suicídas.

É assim condição quase essencial para um bom estado de Amor Próprio, fazer um trabalho profundo e consciente sobre quem somos, de conhecer as nossas partes, começando com a mais simples dualidade; aceitação que não somos só a pessoa “bonita” que acreditamos ser nas mais belas expressões da honestidade, paciência, e força interior, somos também os nossos medos, a nossa raiva, a nossa violência, o nosso orgulho.

Dizem mesmo os Orientais que carregamos em nós TODAS as expressões da Luz e da sombra. Por isso a questão que se coloca é; que expressões da sombra me condicionam a cada momento e que expressões da luz não tenho ainda coragem de expressar?

Das infinitas formas de trabalhar o Amor Próprio, gosto de resumir em duas as maneiras de trabalhar este estado;

1- Ou investimento no nosso desenvolvimento pessoal e terapias e passamos a estar disponíveis para integrar os opostos que representamos.

ou

2- Usamos a nossa relação com o exterior para chegar mais tardiamente ao mesmo destino.

Ou seja,

se já estamos abertos para o conceito de dualidade e capazes de observar as suas expressões em nós, iremos ser então apenas observadores com compaixão e tolerância pela dualidade do outro e quanto muito ajudá-lo a reencontrar equilíbrio que lhe falta.

Se ainda estamos em negação da nossa dualidade, iremos projetá-la no exterior, sentindo-nos ilusoriamente superiores ou inferiores a quem nos rodeia.

Se ainda cais nesta armadilha, deixo a sugestão de trabalhares a consciência da dualidade e de trazeres à luz da tua consciência, tanto os aspectos sombrios como os aspectos iluminados projetados nos outros.

<3
Vera Luz

 

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

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