Há dias em que as nossas dores, memórias, traumas e padrões negativos tomam conta de nós. Um choro compulsivo, um coração acelerado e apertado, um bater a porta, uma tentativa de suicídio, um corte radical com algo ou alguém, um ataque de pânico, um grito, uma vontade de desaparecer, um qualquer vício ou simplesmente um estado de prostração na cadeira da vítima.
Estas e outras, são formas comuns com que lidamos com a dor, a perda, o desespero, a frustração, mas infelizmente quase todas se revelam inúteis na resolução do problema.
Ensinaram-nos que somos impotentes perante a vontade divina e vítimas de castigos de Deus, ideias erradas que só complicam ainda mais quando perguntamos, que mal fiz eu a Deus para passar por tanto sofrimento.
Numa profunda ignorância espiritual sobre os movimentos da vida, enchemos o campo energético de orações, pedidos, promessas de quem acredita na abundância, sacrifícios de quem pede uma vida melhor, de quem confia que o milagre é possível.
Mas poucos compreendem que somos mais poderosos do que imaginamos. Que não é com actos de desespero que resolvemos o problema. Que o Deus do Amor, (não o da Igreja) jamais nos colocaria em situações de impotência, injustiça ou sofrimento em vão. O Deus do Amor criou um Universo regido por leis amorosas e justas, um Universo inteligente onde, tal como num jogo de PlayStation, tudo tem uma razão de ser, e onde temos o poder de superar desafios e atingir novos patamares de experiência.
Ao contrário do que nos ensinaram, está na nossa mão resolvermos grande parte dos nossos problemas, e se não no mundo exterior, podemos sempre fazer a cura interior.
Qual é então a fórmula certa para superar a dor?
Antes de mais reconhecer que o problema, dor, desafio, desconforto que temos em mão, é nosso. Cabe-nos a nós unicamente resolvê-lo. Delegá-lo em alguém só vai complicá-lo ainda mais. Precisamos assumir total responsabilidade sobre quem somos, sobre o que atraímos e sobre a resposta que lhe damos.
Podemos sim pedir ajuda divina aos Anjos, Deuses e Seres de Luz para que o processo seja mais leve, para que surjam ajudas ou oportunidades de resolução melhores, mas nunca cair na impotência de achar que Deus o resolve sozinho. Em todo e qualquer desafio, a resolução depende mais de nós, das nossas escolhas internas e externas do que de factores externos.
Precisamos também relembrar uma das leis básicas da vida; a Leis da Vida e da Morte. Ou seja, para vir o novo, é necessário abrir mão do velho.
Mas a maior parte das pessoas não compreende esta básica e simples lei.
A maioria ainda acredita que basta matar uma relação ou terminar um emprego tóxico, ou afastarmo-nos geograficamente de pessoas difíceis, ou fugirmos da vida através de drogas, álcool ou suicídio para resolver a dor ou o problema.
Ninguém nos ensinou que precisamos também morrer dentro de nós, matar a pessoa que um dia fomos e que não só criou como compactuou com essas velhas dores e vivências dolorosas. Tenham elas começado na vida presente ou herdadas de vidas passadas.
Para libertarmos o velho, precisamos antes de mais reconhecer que já não queremos ser aquela pessoa. Precisamos mudar por completo a nossa mente, as nossas crenças, os nossos valores, as nossas prioridades e mecanismos de fuga e assumirmos que só sofremos por falta de consciência, falta de maturidade, falta de responsabilidade, falta de sabedoria espiritual.
Ou seja, para conseguirmos aceder à nova vibração de pessoas, circunstâncias e formas de estar, sentir e pensar, teremos que libertar tudo o que cheira a velho, seja dentro ou fora de nós, precisamos deixar ir, fazer a difícil escolha de dizer “Não!” às velhas pessoas, circunstâncias, crenças, hábitos, apegos, dependências, formas de estar, sentir e pensar que entretanto se revelaram tóxicas e obsoletas e incapazes de proporcionar paz, alegria, crescimento, maturidade, amor próprio.
Deus não vai escolher por nós, é para isso que serve o livre arbítrio. Mesmo não escolher nada, é uma escolha, um acto que significa irresponsabilidade pessoal.
Enquanto este acto de responsabilidade em arrumar a nossa vida não for assumido, enquanto o acto de poder pessoal de dizer “Não!” ao velho não for feito, é sinal que não há compromisso com o novo, com a cura, é sinal que há ainda resistência em largar o velho e logo o novo não terá espaço para vir.
Se queres conhecer melhor a tua história Karmica, a tua missão, os teus padrões nesta vida, envia email para veraluz@veraluz.pt ou liga 967988990 para marcares a tua consulta.
Vera Luz
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