Influenciados pela religião que pôs Deus no céu e o homem na terra, todos tendemos de forma ingénua e ignorante a separar a vida “real” da espiritualidade, quando ambas as realidades são uma só.
Lemos livros inspiradores que falam de missão espiritual, vamos a consultas que nos falam num Universo inteligente que conspira a nosso favor e fazemos cursos onde aprendemos ferramentas que ajudam na nossa cura, no amor próprio, na consciência do livre arbítrio. Mas todas estas experiências maravilhosas contrastam brutalmente com a cinzenta e pesada rotina, com o desgaste das repetições diárias, com a toxidade de certas relações, com as frustrações profissionais, com as dores presentes e traumas de infância não resolvidos.
Há séculos, para não dizer dois milénios, que nos habituámos a ver estas duas realidades separadas, que tantas vezes parecem diferentes e incompatíveis mas curiosamente não são. Antes pelo contrário, são espelhos uma da outra.
É a insistência na separação que nos leva às tensões e dores que sentimos a todos os níveis; mental (prisões a ideias fixas, crenças e julgamentos errados), emocional (apegos, ilusões, vitimização, imaturidade), espiritual (arrogância, desconexão espiritual, prisão a verdades absolutas e crenças limitadoras) e até física (doenças, dores e sintomas do corpo).
Tenho observado e aprendi eu própria uma frase famosa; a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
Ou seja, o sofrimento não depende tanto sobre o que nos acontece, mas sim e muito mais como a processamos internamente pois a verdade é que não há como evitá-la.
Por exemplo, uma pessoa passa por um despedimento ou um divórcio como o fim do mundo, a razão para uma imensa crise e depressão, a necessidade de culpar alguém e se sentir vítima das circunstâncias, o desespero e perda de razão de viver.
Mas outra nas mesmas circunstâncias, já aprendeu que o movimento e a mudança fazem parte da vida, que são condição essencial à conquista de algo melhor, reconhece a oportunidade de aprender valiosas lições e descobrir partes de si que ainda não conhecia, mantém um espírito curioso e positivo nas novas oportunidades que surgirão.
Ou seja, no primeiro exemplo temos alguém que vive em função do mundo material, descurando da sua proposta espiritual e das leis do plano invisível e por isso sofre mais com a perda. O segundo já integrou os dois planos, já aceitou os movimentos da vida como necessários e inteligentes e por isso dá resposta positiva mais facilmente.
Quer saibamos reconhecer ou não, o plano espiritual e material são uma realidade só, dois lados da mesma moeda e por isso precisamos aprender que quando olhando para um, percebemos o outro.
Por exemplo, se sentimos dentro de nós que não temos valor e não merecemos amor e respeito, vamos atrair pessoas e circunstâncias que reflectem isso e que vão reforçar esse estado, não como castigo mas como ressonância. O que temos sim é a cada interação a oportunidade de manter a vibração ou sair dela, dando resposta positiva, revelando amor próprio, respeito pessoal, valorização pessoal.
O Universo dá-nos assim o tempo todo, oportunidades não só de percebermos o verdadeiro estado em que estamos mas de escolhermos se o queremos manter, ou alterar.
Infelizmente, porque ainda tendemos a separar as duas realidades, muitos ainda vivem inconscientes desta lei da correspondência, criando assim um dilema entre o seu mundo interior e exterior, projetando e traindo no exterior o que não vemos no interior.
A proposta de cura será sempre a cura do nosso interior para que o exterior possa reflectir e manifestar quem somos. não é a mudar o outro ou as circunstâncias que atingimos melhores patamares ou caímos no perigo de os ver repetidos. A mudança deve ser sempre primeiro no interior pois é esse gerador que irá projetar e atrair novas pessoas e circunstâncias. Da mesma maneira e vendo ao contrário, toda a toxidade que vemos no exterior, aponta para uma falta de cura no interior na forma de sombras não integradas.
Se queres perceber melhor a tua pessoa, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento actual, desafios passados e oportunidades presentes, envia email para veraluz@veraluz.pt ou ou encaminha para alguém que precise de ajuda.
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Bem hajas e até já!
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