O Paraíso não é um lugar, é um estado de espírito

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Qual é o teu maior sonho?
Que objetivo tens como prioridade?
Que meta te faz sair da cama?
Como seria a tua vida ideal?
O que fazes por prazer?
O que fazes por dever?
Onde gastas a maior parte da tua energia? No prazer ou no dever?
O que sentes que nasceste para cumprir?

Não são perguntas fáceis que façamos todos os dias.

Acredito que ao respondê-las, vamos encontrar um dilema que a maioria ainda não conseguiu resolver;
– o que faço por dever, não me dá prazer. A alegria e o dinheiro são impossíveis de conciliar.

Por acreditarmos que as duas realidades; dever e prazer são inconciliáveis, acabamos por viver aquém do nosso potencial, numa tensão permanente co a vida.

Dizem os Orientais que para a vida fluir, precisamos de viver em aceitação, em reunião, em pacificação, em rendição, em harmonia com os movimentos da vida, em equilíbrio entre o mundo interior e o mundo exterior, capazes de ver a luz, integrando a luz e a sombra das experiências dárias. 

Mas por ignorância típica do Ocidente, acabamos por fazer exatamente o contrário, oferecendo resistência à realidade tal como ela se apresenta, impedindo que a vida flua, leve e traga de acordo com o plano maior, impondo a nossa agenda de separar as duas realidades, perseguindo obsessivamente o lado bom e fugindo do lado mau, custe o que custar.

Esta ignorância espiritual em que a nossa sociedade foi construída, não nos ensinou os segredos do Universo, não nos ensinou formas de viver alinhado com as leis da vida, não nos ensinou como mantermos o equilíbrio, a saúde e a consciência mesmo em tempos de provas e desafios. Esta ignorância manteve-nos ingénuos, desinformados, desempoderados, inconscientes, máquinas de consumo, de fazer dinheiro e pagar impostos.

Chegámos mesmo ao ponto de acreditar que há espaços para cumprir o dever, que exigem esforço, disciplina, desgaste e muitos sacrifícios em troca de um ordenado e depois outros espaços onde vamos usar esse ordenado para comprar prazer, alegria, tranquilidade e paz.

Parece lógico se estivermos a falar de uma sociedade criada por um robot. Mas jamais para a divindade do ser humano, criado por um Deus de amor e evolução, pois não só não é um estilo de vida saudável como não foi para isso que nascemos. 

Esta visão mecanicista, materialista, social do ser humano dos últimos cerca de 250 anos, veio por um lado, empoderar o ser humano depois de séculos de condicionamentos religiosos, exploração por parte dos nobres e da igreja, dando oportunidades de novas riquezas, de empreendedorismo, de liberdade e direitos humanos, de novas formas mais livres de pensar, da conquista de sucesso pessoal através do estudo e do emprego fácil. 

Mas por outro lado, criámos um máquina burocrática, legal, financeira, cheia de obrigações pesadas e exigentes que deveria servir fins nobres e sociais, mas por ter sido criada sem alma, sem fundamentos espirituais, sem consciência das leis da vida, caiu ao serviço de poucos abusadores que se aproveitam dela o mais que podem devido à passividade e ignorância de todos nós.

Não é difícil reparar que, comparando com a idade média, temos um enorme domínio do mundo material, da tecnologia, da informação, das várias indústrias, do conforto, mas continuamos a viver subjugados a autoridades externas, a delegar o nosso poder em alguém e por isso temos nas duas épocas, o mesmo ser humano doente, desalmado, desorientado, espiritualmente vazio, inconsciente de si mesmo e do seu papel na vida, que procura de todas as formas exteriores, preencher o vazio da alma no seu interior do qual vive desligado e que nem reconhece ter.  

Observando a evolução do ser humano em ambas as épocas, há um padrão de desconexão com a nossa voz interna, há uma tendência a obedecer, a seguir vozes e autoridades externas mais do que ouvir e seguir a vontade pessoal, a voz da alma, o chamamento do coração.

– Como queres que siga sonhos se tenho que pagar contas? Dirão os “realistas” em tom ofensivo, que venderam a alma à máquina social, que vivem desalinhados das leis da vida, que estão presos numa tensão permanente entre a exigente realidade e a pausa para o prazer.

– Pagando contas com o meu trabalho de sonho! Dirão os corajosos em tom confiante, que não vendem a alma por preço nenhum, que usam o seu GPS interno para fluir com a vida, que estão em paz com a realidade, que têm fé nas leis divinas e que acreditam que viver é harmonizar o prazer e o dever na mesma experiência.

Por isso e para terminar, deixo algumas sugestões;
observa o lado dever e prazer na tua vida e a separação que essas duas realidades têm uma da outra. Como imaginas elas unidas? O que significa para ti, “pagar contas a viver o teu sonho”?, o que terias que mudar?, o que teria que sair e o que terias que ir buscar? Que medos internos terias que enfrentar? Que vozes externas terias que calar? Como imaginas o teu guerreiro interno a lutar pela realidade que gostarias de estar a viver?

Como diz uma frase famosa;

  • “O Paraíso não é um lugar, é um estado de espírito.”

Que tenhas a coragem de viver à altura do que ele te pede.


Se queres conhecer a tua história Karmica, a tua missão, os teus padrões nesta vida, envia email para veraluz@veraluz.pt ou liga 967988990 para marcares a tua consulta. As tuas partilhas ajudam a fazer crescer o meu trabalho, por isso agradeço-tas.

Vera Luz

 

Image by Myriams-Fotos from Pixabay

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