A nostalgia de fechar ciclos – Exercício

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Sabes aquela sensação de nostalgia/saudade que todos conhecemos ligadas aos fins? 

Não a sensação de alívio quando vemos problemas e situações tensas resolvidas ou sequer a euforia de algo correr na perfeição. 

Estou a falar daquela sensação de nostalgia, de gratidão de alguma tristeza que surge nos fins, em fechos de ciclos, nas despedidas de locais e pessoas importantes que passaram pela nossa vida. 

Experiências como fins de curso, a saída de casa dos pais, o último dia de uma bela viagem, despedidas de solteiro, o fim amigável de uma relação, o último dia do mestrado, uma mudança de casa, um filho que sai do ninho, a perda de uma pessoa amada ou o simples afastamento natural de pessoas que foram importantes mas por razões várias, deixaram de o ser, enfim, todas estas pessoas têm em comum o acordar em nós por um momento, o nobre sentimento de gratidão. 

Não só pelos momentos bons mas pelo que ficou de tudo o que foi vivido, pelo tanto que revelou de nós mesmos, positivo e negativo. 

Nos fins, para além dos encantamentos e ilusões, para além das dores e desilusões, fica a gratidão pelo no Eu que somos; a obra alquimizada e evoluída de todas as experiências passadas. 

É normal e humano ansiarmos pelas experiências positivas e resistirmos e temermos as negativas. Mas é certo que a alegria, o amor e o respeito não nos fazem crescer tanto como a dor, a perda e a solidão e também já sabemos que ambas fazem parte da viagem de evolução humana.

Enquanto insistirmos na postura infantil de só querer o positivo, não atingiremos o grau de Mestre de saber lidar com o negativo. Enquanto separarmos as experiências, criamos tensão e resistência a todos os níveis, gerando dores e sofrimento para nós mesmos. Enquanto não integrarmos as duas experiências, não atingimos o grau de mestre, não seremos capazes de sentir gratidão e sem gratidão não á evolução.

Deste ponto de vista da evolução, temos a agradecer o amor e apoio daqueles que estiveram do nosso lado, que nos incentivaram e aplaudiram, mas respeitaram os nossos limites, falhas e imperfeições.  

Mas devemos ainda mais aos que nos magoaram, frustraram, abandonaram pois foram esses desconfortos que nos fizeram mudar, que nos obrigaram a crescer, que nos empurraram para patamares mais evoluídos que não chegaríamos por vontade própria.

Aproveitando ainda os ventos do ano 9, deixo então o convite para um exercício;

Imagina que num sonho, vais a um belo parque cheio de flores, relva e árvores centenárias. 

É um local mágico que sentes estar entre a vida presente e a próxima. E por isso sentes paz e tranquilidade. 

Nesse parque vais encontrar todas as pessoas que passaram pela tua vida, as que estiveram do teu lado e as que te fizeram frente. As que te amaram e respeitaram e as que te rejeitaram e abandonaram. Aquelas que foram importantes e a quem deste muito, assim como aquelas que passaram discretamente. Aquelas que te fizeram chorar e as que te fizeram rir. 

Estão lá todas.
Por ser um espaço espiritual, vais sentir que já não há intensidade emocional com nenhuma delas, sejam os velhos amores ou os velhos rancores, apenas o reconhecimento do papel delas e uma agradável sensação de leveza e desapego perante todas elas.  

Começas a perceber que esse encontro tem uma intenção muito séria e importante na tua viagem evolutiva; fechar assuntos, aliviar pesos, libertar rancores, pacificar velhas dores, transformar mágoas em aprendizagens, apegos exagerados em liberdade, dinâmicas inconscientes em lições claras. 

Lembras o tempo em que o ego te fez julgar, controlar, idealizar, apegar, vitimizar e dramatizar, culpar cada relação, gerando dor, sofrimento e emaranhamentos tóxicos e dolorosos para ti mesm@. 

Por isso, resiste à tentação de culpar o outro. Se estava ou está na tua vida, fez ou faz parte da tua história, és co-responsável por ter atraído essa pessoa para a  tua vida e ele ou ela fazem parte das grandes lições e aprendizagens Karmicas da tua vida.. 

O parque convida-te a veres cada um deles com o coração. Com a consciência de que cada uma dessas pessoas fez ou faz parte do enredo da tua história, estava ou ainda está a representar o papel de espelho necessário, ativou ou ainda activa sensações, emoções e escolhas essenciais à tua evolução.

Tens então agora, a oportunidade de fechar todos os assuntos com essas pessoas com uma simples mas sentida palavra;

Gratidão. 

Conforma vais passando por cada uma delas imagina-te de frente para ela, segura-lhe nas mãos, olhos nos olhos com um sorriso e diz;

Muito grat@ por tudo o que aprendi contigo.


A todos os que conseguiste expressar gratidão, vinda do coração por todas as experiências que envolveram crescimento, terás-te libertado a ti e ao outro.

A todos os que não conseguiste agradecer as experiências pelas quais passaram, é sinal que o coração ainda está fechado, ainda não consegue superar a densidade, a ignorância e o julgamento do ego e provavelmente, terás mais experiências idênticas a repetir até que o consigas.

No fim de um poderoso ano de cura de vibração 9, fica uma das mais poderosas propostas de cura e transformação que temos à nossa disposição e que infelizmente por ignorância ou resistência, acaba desperdiçada.

Se queres perceber melhor as tuas relações, a tua pessoa, os teus desafios passados e oportunidades presentes, a tua história Karmica, a tua missão, o teu momento actual, envia email para veraluz@veraluz.pt ou ou encaminha para alguém que precise de ajuda.

Mais informações consulta https://linktr.ee/veraluz_

Bem hajas e até já!

Vera Luz

Image by JL G from Pixabay

 

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