Entre Vénus e Marte – a Lua, digo:
o Masculino reconcilia-se com o seu emocional,
o Feminino persegue uma paixão, desejo, ou projecto.
O Masculino descobre o seu lugar quando atende o Feminino,
e quando o faz,
recebe o seu apoio.
O Feminino descobre o seu poder quando dá ao Masculino o que fazer,
o Masculino o seu poder quando se põe ao serviço do Feminino,
o Feminino o seu poder quando apoia o Masculino
a atender a si próprio – ao Feminino, digo,
porque o Feminino é o Poder de Pedir
e o Masculino,
o Poder de Atender.
O Masculino cumpre-se quando Atende,
o Feminino quando Sente, Pede,
e Entrega
o briefing ao Masculino
para lhe dar
o que Fazer *
Estão os dois em recepção mútua:
ou aprendem a interdepender e colaborar,
cada Um ocupando o seu lugar e exercendo o seu poder próprio,
ou está tudo perdido, dissociado, e desligado
neste Mundo
neste Mundo perto de Si,
nesse Mundo
dentro de Ti *
O Rei que depende da Rainha,
e a Rainha que depende do Rei:
há Esperança Amor e Dignidade neste Reino, embora
no essencial,
o nosso Reino não seja deste mundo.
Embora seja neste
que se reflicta *
O Masculino tem de se abrir, ser sensível e receptivo,
e o Feminino
precisa Confiar(-se)
nele,
na Vida,
e em Si,
e no Poder que só Ele (Feminino) Sabe Sentir
do que precisam os dois, e Ele (Masculino)
para por Si, por Eles:
os Dois *
Como Um:
é o que se chama,
ter uma Vida em Comum,
uma Vida como um,
e uma Vida como Um
é uma Vida Extraordinária, ou mais simplesmente:
a Verdadeira Vida *
Chama-se Amor,
quando casamos os dois
e (n)os sentamos nos Tronos respectivos,
os Tronos que lhes respeitam,
os Tronos que se respeitam *
nUno Michaels
Imagem de Victoria_Regen por Pixabay