A busca da Felicidade

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O que é o amor próprio?

Como se define auto estima?

O que significa gostar de mim?

O que preciso fazer para ter confiança?

Estas e outras questões idênticas são familiares a todos nós e comuns em ambiente de consulta. E por serem temas abstractos, que nos remetem ao nosso mundo interior, emocional, espiritual, existencial, nem sempre são fáceis de entender e muito menos de vivenciar.

Sabemos dentro de nós o que representam, sabemos que ansiamos por experienciá-los, mas nem sempre são fáceis de incorporá-los na nossa vida e no nosso dia a dia.

Todos os dias me sinto frustrada de ver pessoas maravilhosas, com mapas poderosos, cheios de potencial que não chega a ser manifestado em grande parte devido à ignorância em que vivemos sobre a nossa existência e propósito de evolução!

Já diziam os antigos sábios que a vida é uma viagem.

No entanto, a maior parte de nós aqui no Ocidente foi educado ou condicionado a acreditar que a felicidade é um objetivo final que resulta de algumas condições. Por um lado, por seguir as velhas regras de conduta moral/religiosa que todos aprendemos na catequese e por outro por um acumular de coisas tais como: curso superior, um bom emprego, uma boa casa, um bom casamento e um casal de filhos saudáveis. Conseguidas estas propostas, ficamos à espera que a felicidade magicamente se manifeste como um prémio devido.

A crise existencial instala-se, o mundo parece desmoronar quando percebemos que mesmo atingindo elevados patamares de abundância material e de conduta moral, o doloroso vazio teima em não desaparecer e as mais profundas crenças a que nos agarrámos quase meia vida, são abaladas ao limite.

Ao contrário da nossa ideia de felicidade, a filosofia oriental baseia-se na ideia de que Deus é a expressão da dualidade dentro e fora de nós. É a manifestação no mundo visível e invisível, da luz e da sua sombra que mais comumente aprendemos a chamar de bem e mal. Dentro da pior pessoa está o bem assim como dentro da melhor pessoa está o mal.

A Iluminação (estado de felicidade) é então a rendição à dualidade, é a aceitação de ambas as suas vertentes e expressões e a transcendência da mesma de nos vermos como seres Unos, completos e inteiros depois de integrada a sombra e a luz.

Por esta razão, a palavra Equilíbrio no Oriente é significado de Felicidade, de Saúde, de Poder, de Sabedoria, de Mestria.

Ou seja, Iluminar é levar luz ao que não está iluminado, todos os dias, todos os momentos, das mais variadas maneiras, através de todos com quem nos cruzamos no nosso dia a dia. Ser feliz é então manter este equilíbrio, ser capaz de gerir opostos, de flutuar pela dualidade tal como um rio flui pela encosta abaixo.

E gerir opostos implica reconhecer onde há tristeza, levemos alegria. Onde há medo levemos coragem. Onde há violência levemos paz. Onde há julgamento levemos compaixão. Onde há ignorância levemos sabedoria, etc.

Porque não fomos ensinados quanto ao processo de Dualidade e Iluminação, vivemos inconscientes da nossa dualidade, incapazes de iluminarmos as nossas sombras interiores, mas em permanente julgamento das sombras exteriores. Vivemos inconscientes de que o estado da felicidade é um estado de SER e não um estado de TER e por isso vivemos em permanente desilusão da nossa própria ilusão.

De acordo com esta visão Oriental que subscrevo totalmente, não acederemos à nossa luz e aos nossos potenciais sem antes integrarmos os seus opostos do lado sombra. O bem que tanto ansiamos implica a integração do mal que insistentemente rejeitamos. Quando admitirmos que a felicidade é um estado de ser interno, da nossa única e exclusiva responsabilidade, acredito que as nossas escolhas terão critérios diferentes e serão feitas a partir do nosso equilíbrio interior, como sempre deveria ter sido.

Se quiseres saber mais sobre a tua dualidade individual e as propostas do teu mapa astrológico e numerológico, envia email para veraluz@veraluz.pt

Bem hajas!
Vera Luz

 

Imagem de Indira Andrade por Pixabay

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