O sentido da vida é encontrado quando o plano de evolução do espírito se harmoniza com a personalidade. Embora seja uma das aspirações maiores do ser humano, parece mais fácil dito do que feito sem dúvida!
Iremos viver e vidas sem que esta harmonia seja possível, ou seja, em que o ego ou a personalidade toma decisões e age em prol da sua sobrevivência social, familiar e profissional, sem qualquer validação ou respeito pelo plano espiritual.
Este desencontro entre os dois planos ou estas duas agendas, tem como consequência o desconforto interno, a sensação de vazio, a falta de energia, a confusão mental, a agressividade, a depressão e o acumular de frustrações emocionais que facilmente nos descompensam. Basta olhar para o mundo para percebermos que a maior parte está longe desta harmonia interna pois não fomos ensinados a respeitar estas duas agendas e claramente a agenda social sobrepôs-se à espiritual.
E porque a maioria vive assim?
Como estas duas realidades dentro de nós se desconectaram desta maneira?
Será mesmo possível harmonizarmos estas duas necessidades dentro de nós?
Eu acredito que sim!
A maioria vive em estado de ignorância espiritual profunda, consequência de sistemas filosóficos que distorceram a verdade maior que existe para além de qualquer religião. Aliás, qualquer sistema religioso peca precisamente por ajustar a verdade original aos seus interesses, cultura, tradições e pela tendência em formatar uma mensagem que depois deve ser seguida por todos, independentemente se faz sentido à história pessoal de cada um ou não.
Por essa e outras razões, as religiões acabam por se mostrar redutoras e restritivas, cristalizadas ao longo do tempo, fazendo cada vez menos sentido às propostas individuais de cada um. Incapazes de acompanhar os tempos, tornam-se assim desatualizadas e incapazes de serem seguidas nos tempos modernos.
Qualquer religião ou crença que nos desvie do nosso centro, da nossa intuição e das nossas necessidades internas de seguir o nosso propósito karmico único, deve ser questionada, pois traz consigo o risco de nos afastar do nosso propósito pessoal e condicionar negativamente o nosso livre arbítrio.
Reaprendendo a reconectar com a nossa fonte de sabedoria interior, como por exemplo através da meditação com o eu superior e recorrendo à interpretação de linguagens simbólicas como o caso da Astrologia e Numerologia, podemos então ganhar alguma autonomia e aproximarmo-nos da nossa proposta Karmica pessoal. Ou seja, analisando os nossos códigos pessoais, planetários e numerológicos únicos e intransmissíveis, descobrimos que se escondem pistas valiosíssimas da nossa história pessoal de evolução espiritual. Ou seja, de que maneira única o nosso espirito se propôs evoluir na vida presente.
Porque então não estudamos essas ciências esotéricas? Porque ninguém nos ensinou a decifrar esses códigos sagrados que tanto dizem sobre nós e como aceder à nossa abundância?
Antes de mais por pura ignorância e falta de conhecimento acerca destas temáticas que foram simplesmente vandalizadas pela arrogante ignorância e mentalidades cépticas. Porque cedemos o nosso poder a certas ideologias em troca de uma hipotética salvação. Porque nos vendemos a crenças que nos fizeram acreditar que se as seguíssemos, estaríamos protegidos e seríamos abençoados. Porque fomos condicionados a temer e a rejeitar o diferente, o alternativo, o “fora da caixa”. Porque a vitimização, culpar e julgar o outro é bem mais fácil do que olhar para dentro. Porque a desresponsabilização e a filosofia da “sorte & azar” são bem mais confortáveis do que assumir o nosso poder. Porque em última análise estas linguagens sagradas falam-nos precisamente de poder pessoal, relembram-nos a nossa autonomia, pregam a liberdade ou livre arbítrio que sempre tivemos de seguir a nossa verdade e devolvem-nos a responsabilidade pelas consequências de todas as nossas acções passadas, presentes e futuras, o que obviamente não convém a quem ainda vive no medo, a quem ainda controla e projeta fora e não tem ainda a maturidade para se empoderar da sua história.
A nossa ligação à Fonte não depende de religião nenhuma nem Deus se encontra numa qualquer Igreja ou Templo do mundo. Para além da informação riquíssima e personalizada dos códigos numerológicos e planetários, a nossa viagem pessoal tem o potencial de ser bem conduzida quando fazemos bom uso do nosso GPS interno, escolhendo com coragem o que nos faz sentido e rejeitando o que claramente a nossa intuição nos alerta.
Isto não quer dizer que não possas seguir uma ideologia / religião que te agrade, obviamente. Se gostas de frequentar um qualquer espaço sagrado que te ajuda a reconectar interiormente com quem és e que te permite sentir e seguir o que te faz sentido, claro que és livre de o fazer. Sê livre da mesma maneira se pelo contrário a mensagem / ideologia / livro / mensageiro já não confere ou te possa condicionar ou impedir de seguires o que sentes e o que faz ressonância com a tua verdade interior.
Bem hajam!
Vera Luz