Não libertamos o que não amamos

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Não libertamos o que não amamos.

Não é raro saírmos de situações difíceis e desafiantes com mágoas, ressentimentos e até revolta. O impacto energético, emocional e mental desses momentos mais fortes ou dessas exepriências mais violentas é tão intenso que é comum a sensação de injustiça e a vontade até de vingança, não por maldade pura mas apenas o desejo de que o outro também um dia sinta a mesma dor pois só aí poderá parar de a causar.
Na maior parte das vezes, o simples afastamento não chega para curar o impacto que esses eventos ou pessoas deixam em nós.

Não libertamos o que não amamos.

Ainda tomados pela densidade dos mesmos, longe estamos ainda de aceder a um patamar mais elevado onde com mais calma e uma perspectiva mais ampliada, iremos ser capazes de entender o quanto aquele trambolhão que tantas nódoas negras deixou, foi afinal a cama elástica que nos permitiu libertar aqueles velhos padrões e aceder a uma nova consciência e visão da realidade.

Einstein dizia que não resolvemos problemas com a mesma mente que os criou.

Será então neste novo patamar de consciência que iremos descobrir que a viagem espiritual é solitária e pessoal, que os eventos e pessoas à nossa volta são apenas hologramas da nossa dualidade interior, que a nossa energia é magnética e como tal faz atrair eventos e pessoas na mesma vibração, que cada momento é um teste à nossa capacidade de escolhermos entre a luz e o medo, que enquanto cairmos na tentação de projetarmos as nossas questões em algo ou alguém, vivemos irresponsáveis para a nossa capacidade de mudarmos a nossa energia.

Não libertamos o que não amamos.

Amar implica então aceitar que o que quer que esteja a manifestar-se na nossa realidade tem uma proposta escondida.
Amar implica descobrir a aprendizagem por traz do encontro ou acontecimento.
Amar pede de nós humildade, compaixão, tolerância e paciência por quem ainda não vê a luz.
Amar pede rendição aos movimentos inteligentes da vida e uma atitude não de julgamento mas sim de curiosidade perante os eventos.
Amar significa resistir à cega RE-ação violência-por-violência e aprender a agir com a consciência de que podemos perante a violência escolher qualquer uma das infinitas manifestações do amor.
Amar pede de nós responsabilidade por elevarmos a nossa vibração e de sermos um farol de luz na densidade que ainda circula à nossa volta.
Amar implica libertar todos os ressentimentos, projeções, culpas, sensações de injustiça, vingança ou vitimização e pede de nós a coragem de nos elevarmos desses estágio de aprendizagens e experiências em estado de amor.
Amar é um verbo que implica movimento, expressão, manifestação. Da mesma maneira que a Lei do karma devolve a consequência da má ação, também devolve a consequência da ação amorosa por isso trabalhemos inteligentemente com ela. Por isso ama porque amar é a tua natureza.

Se queres mudar a tua vida, ama tudo, ama todos, ama as experiências que te rodeiam essenciais à tua evolução, ama as pessoas que fazem parte da tua história karmica, ama a tua densidade e ilumina-a com o teu amor, ama-te a ti mesmo o suficiente para poderes viver em amor. <3

Não libertamos o que não amamos.

Vera Luz

 

Imagem de Peggy und Marco Lachmann-Anke por Pixabay

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