Chegou o tempo de criar um Mundo Novo II

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Como é possível estarmos no século XXI, num momento de maior desenvolvimento tecnológico, temos confortos de toda a espécie; sistema médico capaz de resolver dilemas médicos complexos, transportes vários que nos facilitam a vida, comida, roupa e a maioria consegue até pagar uma casa para viver, mas, estamos mais doentes do que nunca?

  • Porque a sociedade em geral tal como a conhecemos, não foi construída para apoiar e potenciar o indivíduo inteiro, físico, complexo, emocional, mental, espiritual, sagrado, criativo, metade alma-metade corpo, que somos.

Obviamente que se o indivíduo está doente, ele criará e apoiará a sua participação numa sociedade doente. A boa notícia é que o princípio também vale para o contrário; para termos uma sociedade saudável, precisamos de ter indivíduos saudáveis. E é aqui que começa a responsabilidade de cada um de nós.

A sociedade de hoje, é fruto da revolução industrial que iniciou há cerca de 200 anos atrás, e que descartou a religião, Deus e a espiritualidade e com elas toda a riqueza do nosso mundo interior.

O SER foi substituído pelo TER, a Sabedoria foi substituída pela ciência, a simples alegria de viver os bons valores da vida foi trocada pela diversidade material, pela exploração financeira ao limite tal como conhecemos hoje, pela crença de que a felicidade viria de TER sucesso profissional, estatutos sociais, riqueza financeira, abundância material. 

O exagero foi tal, que não só transformámos o mundo numa gigantesca máquina de lixo e tralhas sem significado absolutamente nenhum, como estamos a pagar o preço de termos um indivíduo mais vazio, doente, desorientado, desconectado, quem sabe, de toda a história da humanidade.

Não é hoje segredo nenhum que os poderosos do mundo e a sua ganância material e a obsessão pelo poder, criaram um circuito que serve apenas precisamente interesses financeiros, sustentado à nossa custa, da nossa saúde, da nossa ignorância, da nossa falta de poder pessoal, da nossa ingenuidade e imaturidade em acreditarmos, que quem manda quer o nosso bem.  

Aliás, não termos consciência dessas intenções, é um dos objetivos dos poderosos, pois se tivéssemos consciência de que estamos a viver um estilo de vida que aos poucos nos prejudica e mata, já teríamos reagido e resistido mais cedo. Lembra a história do sapo que vai para a panela com a água fria, e sem perceber, vai sendo cozinhado aos poucos.

Por exemplo, sem nos darmos conta, vemos as nossas crenças, valores e emoções serem diariamente influenciados negativamente pelas Tvs, notícias, programas de entretenimento/adormecimento, polígrafos, “especialistas” a manter o estado de coisas, novelas, vidas de “famosos” e anúncios a vender produtos com açúcar, farinha de trigo, flúor, óleos processados, créditos financeiros fáceis, enfim só coisas saudáveis e que nos fazem bem. 

Ou seja, tudo o que vem das Tvs, faz mal à saúde física, mental, emocional e espiritual com a intenção de nos adoecer, adormecer e apodrecer. Depois de gastarmos dinheiro a comer o que nos faz mal, vamos pagar tratamentos milionários e chorar a saúde que desprezámos no glúten e no açúcar. Depois ainda temos ainda o futebol que vive num planeta à parte onde esse sim, abunda o sonho, a abundância, o poder e a excitação que falta aos nossos sonhos na vida diária. 

Se víssemos as cordas que os poderosos manipulam lá do alto sem qualquer interesse no nosso bem estar, saúde ou dignidade de vida, estão todas presas nos políticos, nas indústrias dos media e redes sociais, indústrias alimentares, médicas e farmacêuticas, bancárias, gasolineiras, tabaqueiras, fazendo da nossa sociedade uma gigante roda de hamster, onde quanto menos consciência e liberdade tivermos, melhor a roda gira. 

Quanto mais forte a roda, mais dependentes ficamos dela, menos poder temos, mais nos vendemos, chegando ao ponto de até a ideia de Democracia estar comprometida pois se achas que o poder de votar tem algum peso, tem muito menos do que imaginamos!

E o que posso eu fazer para mudar alguma coisa, perguntas tu?

Obviamente que não podemos mudar a sociedade de repente quando levou 200 anos para chegar aqui. 

Mas podemos mudar o nosso mundo, a nossa vida, as nossas escolhas e com elas a nossa energia, a nossa vibração, o nosso livre arbítrio, o nosso futuro e o dos nossos descendentes. 

Antes de mais precisamos desenvolver espírito crítico, ser observadores, recuperar os velhos mas bons valores, relembrar o bom senso e o que é saudável a todos os níveis e ter a coragem de rejeitar tudo o que não está à altura do que merecemos. 

Tendo em conta que o excesso de materialismo veio da falta de valorização pessoal e amor próprio, da falta de espiritualidade e reconexão com o divino, será interessante começarmos por aí;

A consciência pessoal, o amor próprio, o desenvolvimento espiritual, o sentido de comunidade, a ecologia e sustentabilidade, a autonomia mental, emocional, ideológica, espiritual, filosófica, criativa, a preservação dos valores do respeito, da igualdade, da liberdade, do livre arbítrio, a reconexão com a intuição, a importância da terapia para libertar traumas e reconectarmos com o Eu, e reaprender a sentir, comer, viver com prazer, simplicidade e leveza são apenas algumas formas de potenciar o indivíduo.

Não será obviamente de um dia para o outro, mas da mesma maneira que enriquecemos e demos poder demais ao que nos tornou doentes, temos na nossa mão o poder de fazer escolhas que estejam alinhadas com a pessoa que gostaríamos de ser e com o mundo que gostaríamos de ver daqui a 200 anos. As futuras gerações irão agradecer o que possamos fazer por elas. 

Basta olhar para as antigas comunidades e civilizações e veremos que as mais saudáveis mantinham esse delicado equilíbrio entre o mundo material e espiritual e por isso em todas encontramos o ritual, o Mestre, o Guru, o Shaman, o Sacerdote, a Curandeira, a Sacerdotisa lado a lado com o Guerreiro, o Chefe, o Faraó, o Rei. 

Qualquer sociedade que não tivesse harmonia entre estes dois lados da vida e o respeito pela importância de cada um delas, tinha os dias contados como vimos por exemplo no império Romano quando se tornou corrupto e se desligou dos valores espirituais.

Olhando para a sociedade dos últimos 200 anos, nunca antes vivemos de forma tão desequilibrada, tão dessacralizada, tão desumanizada como este tempo. Em troca de promessas típicas de políticos corruptos de proteção e segurança, fomos vendendo a nossa liberdade, os nossos direitos, o nosso poder pessoal, a nossa dignidade e pior ainda, a nossa consciência pessoal.

Para compensar este desequilíbrio interno, aprisionámo-nos a escolhas e estilos de vida que escondem o vazio interior, mas não o resolvem. Como se costuma dizer, andamos a vender a nossa alma das mais variadas maneiras, tais como;

  • Ter um emprego sem ter o cuidado de sentir se está de acordo com o plano da nossa alma. 
  • O grande critério para ser adulto é ganhar dinheiro pois o que não falta é tralha para comprar e nos aprisionar a créditos longos.
  • Procurar obsessivamente alguém para partilhar a vida pela incapacidade de estar sozinho, quando aprender a estar sozinho e reconectar terapêutica e espiritualmente com o Eu é o primeiro passo para a cura e equilíbrio interior e por consequência ter então boas relações. 
  • Distrair e hipnotizar a nossa mente com a TV através de vendas, propaganda e programas de conteúdo vazio que fazem o efeito de nos desconectar do Eu.
  • A educação ensina a mente a obedecer, a decorar, a repetir um programa obrigando a criança a desconectar da sua criatividade, das suas emoções, da sua diferença e do seu potencial único, reduzindo a criança a um robot repetição e imitação. Daí procurarmos alimento mental, filosófico, espiritual e recuperarmos as antigas sabedorias de cura e da natureza de que abdicámos com o tempo.
  • A alimentação é outra forma fácil de vendermos a alma pois o vazio interior que carregamos preenche-se facilmente com açúcar e farinhas que nos dão imediata sensação de prazer mas que nos matam a longo prazo. Ou seja, pouco têm de diferente da cocaína. 

A prova disso está na falta de qualidade de vida, tanto interior como exterior, na falta de saúde física, mental, emocional e espiritual, nas tensões financeiras permanentes, nas doenças mentais, nas drogas, no álcool, nos suicídios, nos sem-abrigo, na mais simples ausência de alegria e vontade de viver, incapazes de responder às mais básicas e essenciais questões existenciais, quando temos ferramentas, pessoas, ciência, tecnologia, espaço físico e a eterna sabedoria ao nosso alcance para resolvermos qualquer um destes problemas.

Podia dar um milhão de exemplos de como a sociedade é doente e como podemos fazer mudanças no nosso dia a dia, mas confio que cada um terá dentro de si o que perdemos nos últimos 200 anos para não dizer até 2000; a consciência e poder pessoal de escolher como queremos viver a nossa vida e usarmos ferramentas como a Astrologia, que foi sobrevivendo a todo o tipo de ataques ao longo da história, por ter  o poder de devolver o indivíduo ao seu poder pessoal.

Muitos já foram os escritores corajosos, bons políticos, rebeldes anónimos que nos foram alertando ao longo do tempo que a sociedade actual está cheia de problemas, a maioria deles escondidos ou abafados convenientemente pelos poucos que ganham em mantê-la como está. Deixo-te alguns exemplos para que te ajudem a lembrar uma das minhas frases preferidas; https://www.pensador.com/sociedade/

“Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente.” Jiddu Krishnamurti

Para ler mais sobre este tema, segue o link abaixo;

Chegou o tempo de criar um Mundo Novo I

 

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Bem hajas e até já!

Vera Luz

Imagem de Dorothe por Pixabay

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