Vejo ainda muitas pessoas a lutar contra as suas realidades, a acreditarem que estão rodeadas das pessoas erradas, tristes porque ainda não acertaram no trabalho certo e a idealizarem uma vida perfeita quando encontrarem a sua missão espiritual.
A resposta acaba por ser sempre a mesma:
Todos os sítios por onde vamos passando e todas as pessoas com quem nos cruzamos, já fazem parte do nosso caminho, estão todos programados acontecer e aparecer como se fizessem parte de um gigante mapa que nem sempre somos capazes de ler mas que estamos a cumprir.
Os nossos códigos numerológicos e astrológicos mostram bem que a nossa encarnação não é caótica nem casual. O nosso mapa é como um bilhete de avião que nos condiciona a um determinado destino embora nos permita cumpri-lo à nossa maneira.
A par das experiências externas como por exemplo os parceiros que vamos tendo, as ligações familiares e de amigos ou o tipo de trabalhos onde iremos parar, aprendizagens internas, desbloqueios emocionais, libertações karmicas, pacificações e equilibrios energéticos estão a acontecer permanentemente dentro de nós.
A dor que algumas dessas experiências nos causam tem sempre a proposta alquímica de nos transformar de alguma maneira pois a transformação é a grande intenção.
Se for feita, superamos o momento e elevamo-nos para um patamar superior de experiência, desfrutando como consequência da sensação de libertação e prazer. Se resistimos ao processo de transformação por simples resistência ou por ignorância, o sofrimento, das mais variadas formas, acaba por ser uma consequência até que a transformação seja feita.
A nossa visão curta do presente permite-nos espreitar apenas um passado relativamente recente e a ideia do que gostaríamos de criar de novo num também relativo futuro próximo. A nossa limitada mente não abarca as nossas vidas passadas nem o nosso potencial 20 anos para a frente. Se assim fosse, tomaríamos decisões no presente com muito mais qualidade. Sem essa informação, o presente é então onde passado e futuro se cruzam, onde se escondem as pistas do que precisamos fechar e transformar assim como o que precisamos abrir ou criar de novo.
Ou seja, o presente é onde vamos abrindo mão das experiências que já foram feitas e abrindo espaço para as que ansiamos experimentar. Perceber e aprender a ler as pistas do momento presente é então importantíssimo. É essencial para que façamos escolhas de qualidade que nos permitam que a evolução aconteça da maneira mais fluída possível.
Conhecermos os nosso códigos é então um sinal de inteligência e até de responsabilidade pois conhecendo a nossa história karmica permite-nos pacificarmo-nos com ela muito melhor e muito mais rapidamente.
Umas das maneiras mais rápidas de nos alinharmos e vivermos conscientemente presentes no momento é estarmos sempre disponíveis para a questão:
– “O que esse momento tem para me ensinar? O que posso aprender de mim aqui, neste evento, com esta pessoa?”
Bem hajam!
Vera Luz
Imagem de Ajay kumar Singh por Pixabay